Our Place - Soarda

05

> Sofia's Pov

-- O quê? -- Dissemos em uníssono.

Para falar a verdade, no momento eu não me importaria de beijá-la. Mas sabia que sóbria iria me odiar por ser burra nesse ponto.

-- Nem fudendo, não quero mais jogar.

Disse simples, mas os meninos insistiram tanto que eu só levantei e fui até ela. Esperei alguns segundos pra saber se a garota teria alguma reação e ela simplesmente deixou. Demos um selinho que durou alguns segundos, mas que foi o suficiente para ter o grito mais alto da "platéia".

Eu não sabia exatatente o que estava sentindo, só que seu gloss de morango era muito bom.

-- Viu?! Nem foi difícil -- Marcos disse e revirei os olhos.

-- Pronto, dá pra continuar? -- Jogamos até às 6 da manhã.

O pessoal estava morto, então liberei dois quartos de visita pra que alguns dormissem em casa com a condição de que me ajudassem a arrumar a casa depois.

Acordamos meio dia e eu fiquei encarregada da parte de cima com Doarda, Douglas e Caick. Pode parecer que não, mas estava tudo sujo pra um caralho.

-- QUEM DEIXOU UMA CAMISINHA NO USADA NO BANHEIRO -- Caick gritou do banheiro e me fez rir.

-- Que bom que não fiquei com essa parte.

Sussurrei pra mim mesma sentindo alguém atrás de mim. Quem estava na Varanda? Peguei a vassoura e usei meus super conhecimentos (nenhum) para prender a pessoa na parede.

Foi ai que vi quem era e a soltei.

-- Porra, que susto! -- disse pra Eduarda.

-- Achei que queria repetir o de ontem -- Ela sussurrou algo como isso achando que eu não ouviria, tendo na cara um sorrisinho.

-- O quê?!

-- Nada -- ela riu e saiu.

Que garota maluca.

Terminamos de limpar a casa e ficaram apenas Pablo, Caick e Marcos na sala. Doarda ia com seu amigo, mas insistiram pra ela ficar.

Terminei a pipoca revirando os olhos e me sentei ao lado da mais nova. Só espero que ela não tenha medo de filme de terror.

O filme mal começou e a pipoca já tinha acabado, Marcos e Pablo foram fazer mais. Algumas cenas haviam se passado e um jumpscare assusta a mais nova, fazendo com que segurasse em minha mão e na de Caick também.

Eu odiava toque físico, mas fiquei estranhamente confortável com isso. Assim que percebeu tirou a mão e fingiu que não aconteceu, fiz questão de provocá-la.

-- Então tem medo de filme de terror?! -- sussurrei em seu ouvido -- Ou é só uma desculpa pra encostar em mim, Hippler?

-- Cala a boca.

De duas uma: ou ela estava muito envergonhada, ou com muita raiva. Fiquei satisfeita por ter causado tal reação e terminei o filme feliz.

[ ... ]

Era escola de novo. Eu já disse que odeio segundas feiras?

Mas hoje era especial, o interclasse era a única coisa não entediante que me fazia querer ir pra escola numa segunda feira de manhã. Basicamente, tínhamos que entrar na nossa quadra e assinar nosso nome na lista de chamada uma vez pra ganharmos ponto por simplesmente jogar ou ficar na reserva, isso era absurdo de bom.

Entrei no vestiário feminino pra trocar de roupa e coloquei a roupa do nosso ano, que havia alguns detalhes em verde. Eu gostei, mas não foi algo que combinou muito comigo. Terminei de me arrumar e trombei com Doarda.

-- Olha pra onde anda da próxima vez, por favor?! -- eu disse irônica.

-- Tá assim por quê meu time vai amassar o seu hoje? -- Sorriu sínica.

-- Não sou tão burra a ponto de me importar com algo que envolve você. Agora, se me permite...

Ouvi a garota bufar enquanto saía e dei uma risadinha de canto, 1x0 pra mim hoje. 

Costumava jogar no comecinho das aulas pra ficar livre depois, mas hoje me distraí com os meninos e acabei tendo que colocar meu nome no último jogo. Eu odiava futsal, que droga!

Entramos em campo e sorri assim que vi Doarda, agora sim ficaria bom. Não tinha muito conhecimento nisso, mas não precisa-se de muito pra vencê-la.

Acho que a subestimei.

Estávamos no final do jogo, a desgraçada era rápida e eu não conseguia passar da marcação de sua amiga por nada. Se ela queria dar era só falar. Passei a bola pra outra garota do time quando houve uma falta. Passaram a perna de propósito pra que Hippler caísse de cara no chão, mas ninguém percebeu. Naquele exato momento fizeram um gol e passamos o time do primeiro.

Balançava a cabeça pra todo mundo quando me aproximei da garota para a ajudar a levantar. 

-- Não preciso da sua ajuda -- Indagou irritada.

-- Não precisa disso só porque perdeu, Eduarda. Não vou te jogar no chão de volta nem nada.

E então ela aceitou minha ajuda.

-- Acho que sua fala de amassar meu time não foi muito verdade, né?

-- Você é muito convencida, sabia? Não é porque você venceu uma vez de mim que está na frente. -- Disse ajeitando a minha camisa e saiu. Que audácia!

Eu não sabia que droga aquela garota tinha, seus olhos verdes me faziam tremer quando eram direcionados a mim. Mas é lógico que eu não falaria isso pra ela.

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oioi amorecos!! Queria avisar que no fim de semana não vai sair capitulo, mas que vou tentar postar mais um pra não deixar vcs desamparados.

Beijocas!! <3