> Sofia's Pov
Era gostoso a forma como eu e Duda conseguíamos ser rivais e as vezes amigas ao mesmo tempo. Assim que saí da sala de música e me sentei na cadeira para comer com os meninos, vi Lucas se aproximar dela. Minha fome sumiu imediatamente. Eu odiava aquele cara.
-- Se você olhar mais o refeitório todo vai saber que você tá com ciúmes.
-- Cale a boca, Pablo. -- Revirei os olhos e tentei focar na comida. Eles estavam namorando? Estralei meus dedos.
-- Então... alguém vai no acampamento? -- Lusca perguntou. O clima estava pesado.
-- Não sei, o pessoal tá meio desanimado.
-- Sei lá. Acho que sim -- Fiquei mais tranquila quando ele se afastou de Eduarda. Algo nesse cara não me cheirava bem e eu queria muito descobrir.
Pegamos nossas bolsas e saímos.
-- Noite do pijama hoje. Eu, você e o resto do grupo. A gente vai numa balada primeiro -- Ciclopin me parou na porta da escola.
-- Vou ver e te falo. -- Dei um sorriso amarelo e entrei pro banheiro feminino do teatro. Coincidentemente, menina Veneno estava lá também.
Me olhou e apenas me ignorou.
-- Oi pra você também. -- Essa garota era insuportável, tentava me fuder toda vez que tinha oportunidade simplesmente porque eu me candidatei pro grêmio estudantil ano passado, e mesmo assim ela que ganhou.
-- Oi, Sofia. -- e saiu.
-- Essas mulheres de hoje em dia. -- disse pra mim mesma e me sentei na quina da pia, em frente ao espelho. Eu pretendia matar a aula de teatro no banheiro, ou enrolar o máximo que conseguisse.
-- Ei? -- Doarda entrou.
-- Que susto. -- pus a mão em meu peito.
-- Caralho, eu sabia que era feia, mas não tanto -- rimos. Não a daria o gostinho de contrariá-la apenas para aumentar seu ego.
-- Você tá em todo lugar.
-- Dessa vez foi proposital, o professor me mandou ir atrás de ti. -- Dei de ombros.
-- Não me dedura pra ele, por favor. -- Fiz uma carinha de cachorro pidão enquanto ela tirava um carmed da bolsa. -- Você sempre usa esse? -- negou com a cabeça.
Olhei pra ela passando o carmed beijinho, e puta que pariu. Era estranho eu me sentir atraída por alguém que provavelmente me odiava? Essa resposta talvez seja inexistente, mas o que Hippler tinha de gostosa hoje era indescritível.
-- Depende, o que vai me dar em troca?
-- O que você quer? -- e então ela parou de se olhar no espelho e ajeitar o cabelo, encontrando seus olhos no meu. Deixei um silêncio malicioso contagiar minha mente e esperei que ela me beijasse ali mesmo, naquele banheiro.
-- Não sei. Mas alguma hora vou precisar de um favor seu -- voltou a ajeitar seu cabelo, quebrando o desconforto.
-- Só não me chame pra ficar de vela com aquele seu namoradinho.
-- Ele não é meu namorado.
-- Não?
-- Não, e mesmo que fosse, o que isso te interessa?
-- Desculpa se te deixei irritadinha.
-- Vai se fuder, Santino.
-- Se for com você.
-- Deus me livre. -- Desci da bancada da pia.
-- Pode admitir que você quer.
-- Não fui eu que estava na sua casa mal porque quis te beijar e você recusou.
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Our Place - Soarda
RomanceNo terceiro ano do ensino médio, Sofia é obrigada a começar a participar de alguma atividade extracurricular, conhecendo Eduarda e tendo uma relação um tanto... tensa? ⚠️ - o conteúdo a seguir não tem intuíto de ofender ou sexualizar ninguém.