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> Duda's Pov.

Após ver Sofia sentada no chão me sentei ao seu lado, verificando se continuava acordada.

-- Tá fazendo o quê aqui?

-- Sei lá, senti sua falta e vim ver se tinha dormido no chão de novo. -- Ironizei em um suspiro. Meu estômago queimava, não fazia muito tempo desde que havia tomado minha última bebida.

-- Nossa, você tá muito bebâda.

-- Por quê? Senti sua falta?

-- Porque sua voz tá arrastada, mas pode ser também.

Sério mesmo? Eu não costumava reparar nisso, mas depois que ela disse, comecei a pensar sobre.

-- E você, por que não tá com o pessoal?

-- Tava com preguiça de levantar. -- Riu.

Podia ser o alcóol, mas eu estava numa varanda bonita de São Paulo, observando um céu não tão bonito com uma garota bonita. Meu peito acelerava só de pensar na ideia de beijá-la.

-- Quer? -- ofereceu-me a taça de vinho no final.

-- Se eu beber mais não vou conseguir levantar amanhã. -- Deu de ombros.

E o silêncio prolongou na varanda. Não sei se a melancolia da noite nos deixava daquela forma, ou o clima da nossa relação se intensificava quando ficávamos em silêncio. Significava tudo, mas ao mesmo tempo não significava nada.

-- Você já beijou... garotas? -- Questionei e sorriu. Ela não estava bebâda o suficiente para passar despercebido a minha tentativa descarada de começar um clima entre nós.

-- Algumas. Você beijou a primeira que eu beijei naquela festa, inclusive -- me lembrara da loira. Ah, ela. Havia me esquecido. -- Qual foi o beijo mais estranho que você deu em alguém?

-- Não sei, acho que quando beijei pela primeira vez e quando acabou eu disse: "que beijo ruim", porque não queria que falasse primeiro. -- Riu.

-- Sua cara dizer isso. Não que eu saiba muito sobre você. Qual sua cor favorita?

O papo fluiu por um tempo. Trocamos piadas, farpas, risadas e finalmente resolvemos nos levantar para voltar a programação normal de se xingar a cada cinco segundos quando eu estava com a cabeça em seu ombro e sentirmos sono.

-- Fala sério. -- Sussurrou quando viu que Coppola havia se levantando da cama de solteiro que Caick tinha em seu quarto para dormir em um dos colchões que tinham dos dois lados da cama. Pelo visto só havia sobrado o que estava ao lado da varanda.

-- Deixa que eu durmo com o Caick. -- Me ofereci, mas a garota me puxou pelo braço e soltei a respiração que nem sabia que tinha presa.

Até que dormir com Sofia Santino não me parecia uma má idéia.

-- Desculpa -- Soltou meu braço. -- A gente pode dormir juntas, se não se importar.

Afirmei com a cabeça. Nos deitamos e me acomodei desconfortávelmente, tinha medo de incomodá-la. Se virou para meu lado.

-- Eu não vou te morder se encostar em mim. Relaxa aí. -- Assenti com pressa e virei pro lado oposto. Não foi o suficiente pra ruiva, que suspirou impaciente e me puxou pra perto do seu corpo pela minha cintura. -- Boa noite. -- Sussurrou em meu ouvido e tentou tirar a mão de minha cintura, a impedi antes disso. Realmente, agora tínhamos mais espaço.

Minha respiração pesada entrava em sintonia com a sua silênciosa, e instantaneamente tudo fica em silêncio.

-- Bom dia, meninas mulheres -- Caick sorriu maliciosamente pra Pablo quando eu e Sofia entramos na cozinha.

-- Tá feliz, né Caick? Quero ver sorrir depois de eu dar um chutão no seu saco -- revirou os olhos e pegou um pão.

Rimos e começamos a conversar sobre tudo. Eu peguei uma fatia de bolo pra comer e fiquei escutando a conversa dos outros. Era tão gostoso prestar atenção neles que nem víamos o tempo passar.

-- Duda, cê vai convidar o Lucas?! -- Pablo perguntou.

-- Eu continuo preferindo Soarda. -- Caick afirmou e automaticamente eu e Sofia nos olhamos, começando a rir. De onde ele tirou esse nome?

-- Se um dia a gente tiver um fã clube, pode saber que o dono é ele. -- disse a Sofia. -- E respondendo a sua pergunta, Lusca, acho que não. Vou chamar ele, mas os pais são muito chatos com isso.

-- A Sofia ficou até mais feliz, ó -- Pablo apontou com a cabeça e ela negou.

-- Cês tão afiados hoje, né. -- revirou os olhos.

Ficamos até meio dia em conversa com o pessoal, até eu, Sofia e Pablo pegarmos um uber pra casa.

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Amores, o de hoje ficou curtinho demais 😓, Mil perdoes 😭

Our Place - SoardaOnde histórias criam vida. Descubra agora