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Michel.
Após a conversa com Kiara, minha mente não conseguia se desligar dela. Fiquei refletindo sobre cada palavra que trocamos, cada sorriso que ela me lançou, como se eu estivesse recebendo um vislumbre de esperança em meio à escuridão que me envolvia. A sinceridade em sua voz e a compaixão em seu olhar foram como um raio de luz em uma noite sem fim. O perdão que ela me ofereceu ressoava em mim, como se estivesse quebrando correntes invisíveis que eu nem sabia que existiam.
Enquanto dirigia para casa, o motor do carro zumbia suavemente, mas minha mente estava a mil por hora. O peso que eu carregava parecia um pouco mais leve, e a ideia de que Kiara realmente se importava comigo foi um sopro de ar fresco. Aquelas palavras “Eu te perdoo” ecoavam em minha cabeça, como um mantra, me lembrando de que talvez, só talvez, houvesse uma chance de redenção para mim.
Parei em um semáforo e olhei pela janela, observando a vida passar. As pessoas caminhavam apressadas, e os carros buzinavam, mas tudo isso parecia tão distante. Pensei em como Kiara havia encontrado força em sua fé, e a maneira como falou sobre Deus me fez questionar tudo o que eu acreditava. “Talvez Deus estivesse me esperando,” pensei. “Talvez Ele quisesse que eu O conhecesse de verdade.”
Lembrei-me do que Kiara disse sobre como a fé havia lhe dado propósito e força. Era algo que eu não tinha experimentado em anos. Uma onda de desejo se formou dentro de mim: a vontade de buscar algo maior, de explorar essa conexão que parecia se aprofundar a cada dia. Eu não queria mais me esconder atrás de festas e álcool. Queria entender o que havia além disso, o que me aguardava na luz.
Ao chegar em casa, sentei-me no sofá e passei as mãos pelo rosto. A solidão da noite anterior ainda estava fresca em minha memória, e a ideia de repetir aquele ciclo de vazio me parecia insuportável. O que eu mais temia era ser a mesma pessoa que sempre fui, sem mudanças, sem crescimento. A conversa com Kiara havia plantado uma semente em meu coração, e agora era hora de decidir se iria deixá-la crescer.
Naquela noite, enquanto olhava para o teto escuro do meu quarto, fiz uma oração silenciosa. Nunca fui bom em orações, e a ideia de falar com Deus parecia estranha. Mas, no fundo, eu sabia que precisava tentar. “Se você está aí, Deus,” comecei, sentindo um nó na garganta, “me ajude. Estou cansado de me sentir perdido e vazio. Se há uma chance de mudança, eu quero saber. Quero entender.”
O sono não veio, mas as horas passaram rapidamente, enquanto a esperança crescia dentro de mim. A manhã seguinte chegou, e eu ainda estava decidido. O sol brilhava lá fora, como se o mundo estivesse me convidando a dar um passo novo. Era domingo, e, pela primeira vez em muito tempo, algo dentro de mim estava animado.
A ideia de ir à igreja ainda me deixava nervoso, mas a sensação de estar fazendo a coisa certa era mais forte. Coloquei uma roupa que não usava há semanas, um simples jeans e uma camiseta, e enquanto me olhava no espelho, eu vi algo novo refletido ali — não apenas um rosto cansado, mas alguém disposto a se arriscar, alguém que queria mudar.
Dirigi até a igreja, nervoso, mas determinado. Ao entrar, fui recebido por um caloroso sorriso de uma das pessoas na porta. O ambiente estava repleto de pessoas, algumas conversando animadamente, outras já sentadas, esperando o culto começar. O som da música suave me envolveu, e uma onda de paz inundou meu coração.
Enquanto procurava um lugar para me sentar, avistei Kiara. Ela estava conversando com um grupo de amigos, mas quando me viu, seu sorriso iluminou o ambiente. Ela me acenou e veio até mim. “Você veio!” exclamou, seus olhos brilhando de alegria.
“É, eu vim,” respondi, um pouco nervoso, mas feliz por vê-la. “Quero saber mais sobre o que você falou.”
Ela me guiou até um lugar na primeira fila, e assim que me sentei, o culto começou. As músicas e as palavras do pastor ressoaram em mim, fazendo com que cada batida do meu coração se sentisse mais leve. Era como se a mensagem fosse dirigida diretamente a mim, me convidando a abrir os olhos para um novo começo.
Aquela experiência foi profundamente impactante. Senti que estava em um lugar onde eu realmente pertencia, onde minhas lutas eram entendidas e onde havia um espaço para a transformação. Ao final do culto, a sensação de esperança que eu havia buscado finalmente estava se concretizando.
Enquanto a congregação começava a se dispersar, eu não pude deixar de me sentir grato por ter dado aquele passo. E, mais importante ainda, por ter a chance de construir algo especial com Kiara. Ao olhar para ela, vi não apenas uma amiga, mas uma guia em minha jornada de descoberta, e isso me deu coragem para continuar. Afinal, talvez Deus realmente estivesse esperando por mim, e agora eu estava pronto para ouvir.
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Não acreditoooooo, ele foiii! Ele realmente foi. 🤧🥺