A nova Conexão

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Michel

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Michel.

Após o culto, o ambiente na igreja ainda vibrava com a energia da adoração, mas eu sentia que algo ainda mais especial me aguardava do lado de fora. Assim que deixei a sala, avistei Kiara conversando com alguns amigos. Ela estava radiante, e seu sorriso parecia iluminar até mesmo o dia nublado. Quando nossos olhares se encontraram, a alegria em seu rosto me fez sentir que eu havia tomado a decisão certa ao ir à igreja.

“Ei, você veio!” ela exclamou, avançando em minha direção. “Fiquei tão feliz quando te vi lá dentro!”

“Eu precisava estar aqui,” respondi, meu coração acelerando. “A mensagem foi… poderosa.”

Ela assentiu, seus olhos verdes brilhando com entusiasmo. “Eu sabia que você ia gostar! Quer ir até a praça? Podemos conversar um pouco mais.”

Concordei e juntos seguimos para a praça próxima à igreja. O ar estava fresco, e a atmosfera era tranquila, um contraste perfeito com a agitação que eu costumava viver. Encontramos um banco e nos sentamos, rodeados por árvores e flores que pareciam florescer com a nova vida que eu começava a sentir.

“Então, o que achou do culto?” Kiara perguntou, inclinando-se levemente para mim, sua expressão curiosa.

“Foi diferente de tudo o que eu já experimentei,” respondi, tentando encontrar as palavras certas. “Senti uma paz que não sabia que precisava.”

Kiara sorriu, e a sinceridade em seu olhar me fez sentir à vontade. “Isso é incrível. A fé tem esse poder de nos tocar de maneiras inesperadas. E você, Michel, me parece um cara legal. O que você gosta de fazer além de… bem, você sabe, as festas?”

Ouvindo isso, minha mente foi rapidamente para um lugar que eu não costumava compartilhar com muita gente. “Na verdade, eu sei tocar violão. Meu avô me ensinou quando eu era mais novo.”

Kiara levantou as sobrancelhas, interessada. “Sério? Que legal! Você toca em algum lugar?”

“Não, não há muita oportunidade. Eu costumava tocar apenas para ele. Ele sempre dizia que a música é uma maneira de se conectar com o mundo e com Deus.” Ao dizer isso, senti um calor no peito, uma nostalgia que me lembrava dos momentos felizes que tinha vivido ao lado dele.

“Você tem que tocar para mim um dia,” Kiara sugeriu, um brilho de animação nos olhos. “Eu adoraria ouvir!”

Fiquei um pouco nervoso com a ideia, mas a maneira como ela me olhava fazia com que eu quisesse me abrir. “Eu não toco há um tempo. Fui um pouco… desviado nos últimos anos, sabe? Não tinha vontade de tocar, nem de nada.”

“Entendo,” ela respondeu com empatia. “Às vezes, a vida pode nos desviar de quem realmente somos. Mas nunca é tarde para voltar. Você já pensou em tocar novamente?”

Ouvindo suas palavras, percebi que ela tinha razão. O violão poderia ser um símbolo da vida que eu estava deixando de lado, algo que poderia me ajudar a encontrar meu caminho de volta. “Eu quero tentar,” respondi. “Acho que isso poderia me ajudar.”

“Com certeza! Podemos fazer isso juntos. Eu adoraria ouvir suas músicas,” ela disse, e havia uma genuína empolgação em sua voz. “Se precisar de um público, eu sou a sua maior fã.”

Sorrimos um para o outro, e a conexão entre nós parecia crescer a cada momento. Era como se conversássemos há anos, e a vulnerabilidade que compartilhamos criava uma base sólida para uma amizade verdadeira.

“E você, Kiara? O que mais você gosta de fazer?” perguntei, mudando o foco da conversa.

Ela começou a falar sobre suas paixões, sobre seu amor pela literatura e como a escrita a ajudava a expressar seus sentimentos. Enquanto ouvia, percebi que Kiara não era apenas uma garota comum; ela tinha uma profundidade que a tornava única. Cada palavra dela me fascinava, e eu queria saber mais sobre o que a movia.

O tempo passou rapidamente, e a conversa fluiu de maneira natural, como se estivéssemos conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Quando olhei para o céu, percebi que a tarde havia se transformado em noite, e as luzes da praça começaram a brilhar.

“Devemos voltar?” ela sugeriu, um pouco hesitante, mas com um sorriso que mostrava que estava tão envolvida na conversa quanto eu.

“Sim, mas quero que saibas que foi um ótimo dia,” respondi. “Estou feliz por termos nos encontrado.”

Kiara sorriu, e naquele momento, eu soube que algo especial estava nascendo entre nós. Algo que poderia me levar a lugares que eu nunca tinha imaginado. Ao nos levantarmos e começarmos a caminhar de volta, eu me sentia mais leve, como se o peso que eu carregava estivesse se dissipando lentamente.

E assim, enquanto caminhávamos lado a lado, percebi que, pela primeira vez em muito tempo, havia esperança no meu coração.

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