Thirty

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Apoio mútuo.
Agora...

ISLA BROWN

A luz suave da manhã filtrava-se pelas janelas da galeria enquanto eu preparava tudo para a exposição. O cheiro fresco da tinta e das telas novas preenchia o ar, misturando-se ao aroma do café que havia preparado para me dar energia. Este não era apenas um evento qualquer; era a chance de mostrar meu trabalho e expressar quem eu sou como artista. A ideia de expor minhas obras para o mundo me deixava animada e nervosa ao mesmo tempo. Mas havia algo mais profundo em jogo. Com a recente reaproximação de Lewis, eu sentia que esta era uma oportunidade não só para minha arte, mas também para nós.

Enquanto organizava as obras, pensava em como Lewis havia sido uma presença constante em minha vida nas últimas semanas. Ele estava tão comprometido em me apoiar que mal parecia o mesmo homem que, por muito tempo, se perdeu em sua carreira. Agora, ele estava aqui, pronto para ficar ao meu lado e ajudar em cada passo, e isso me enchia de esperança.

Ouvi o barulho da porta se abrindo e levantei os olhos, sorrindo ao ver Lewis entrar. Ele trazia consigo um ar de leveza que me fez sentir instantaneamente mais relaxada.

— Bom dia, artista! — ele disse, com um sorriso largo que iluminava o ambiente. A maneira como ele me olhava fazia meu coração acelerar. — Como está tudo por aqui?

— Quase pronto, só preciso terminar de pendurar algumas obras e ajustar a iluminação — respondi, tentando manter a voz firme, apesar da ansiedade.

— Posso ajudar? — perguntou ele, colocando a jaqueta no suporte e se aproximando. Havia um brilho em seus olhos que era difícil de ignorar. A conexão que estávamos redescobrindo era palpável.

— Sim, claro! — aceitei, admirando sua disposição em se envolver. — Você pode me ajudar com aquela tela grande ali, por favor? — Apontei para uma pintura que estava apoiada contra a parede.

Lewis se aproximou, pegando a tela com cuidado. Enquanto ele a segurava, não pude deixar de notar a força em seus braços, a segurança que emanava dele. Lembrei-me de como sempre admirei essa parte dele, não apenas como piloto, mas como homem.

— Esta pintura é linda. O que inspirou você? — ele perguntou, com genuíno interesse.

— É sobre a resiliência, como as cores se misturam e se transformam mesmo após a dor. Para mim, a arte é uma forma de expressar o que sentimos por dentro — respondi, enquanto ele pendurava a tela na parede.

— Eu adoro isso. Você sempre teve um jeito especial de transmitir sentimentos por meio da sua arte. Isso é algo que sempre admirei em você — Lewis disse, e suas palavras me tocaram profundamente.

Enquanto trabalhávamos juntos, o clima era leve e divertido. A cada risada compartilhada, a cada troca de olhares, eu sentia que estávamos construindo algo sólido. Ele estava lá, me apoiando, e eu me sentia valorizada de uma maneira que não havia sentido em muito tempo.

— Você já pensou em como será a exposição? — Lewis perguntou, interrompendo meus pensamentos.

— Um pouco. Estou um pouco nervosa. E se ninguém gostar? — confessei, mordendo o lábio nervosamente.

— Isso é normal. Mas o mais importante é que você está fazendo isso por você mesma, e não pelo que os outros pensam. — Ele se aproximou, colocando uma mão no meu ombro, como se estivesse me encorajando. — Estou muito orgulhoso de você, Isla. Você é incrivelmente talentosa e merece todo reconhecimento.

Agradeci a ele com um sorriso, mas o nervosismo ainda permanecia. A pressão da exposição era intensa, e, mesmo com o apoio de Lewis, havia partes de mim que ainda lutavam com o medo do fracasso.

𝐈 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔|| LEWIS HAMILTON Onde histórias criam vida. Descubra agora