บทที่ 19 - Longing!

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Gemini chegou em casa com o rosto marcado pelas lágrimas, os passos arrastados e o olhar perdido, como se o peso do mundo estivesse em seus ombros. A cada movimento, seu corpo parecia mais cansado, mais esgotado. Benz o esperava na sala, os olhos duros e inabaláveis, tão frios quanto suas palavras.

—Sua mãe está no quarto, provavelmente dormindo. Não a incomode agora. Deixe para amanhã. -disse Benz, sem uma gota de compaixão. Seu tom era cruel, sem vestígio algum da ironia que às vezes mascarava seu desprezo.

Gemini não respondeu. O silêncio foi sua única resposta, e, sem mais nada a dizer, subiu as escadas de madeira, cada degrau ecoando em seu peito como um peso insuportável.

Ao chegar em seu quarto, o espaço que tantos invejariam; com uma televisão gigantesca na parede, um computador de última geração sobre a escrivaninha; parecia sufocante, como se tudo ali pertencesse a alguém que ele não era.

O quarto era um sonho para muitos, mas não para Gemini.

Ele se jogou na cama, os olhos fixos no teto. A escuridão o envolvia, mas o que o afligia estava dentro dele, na confusão de seus pensamentos e na dor que apertava seu peito. Tudo o que aconteceu pesava em sua mente. Ele queria chorar, mas as lágrimas pareciam presas, sufocadas pela incerteza, pelo medo e pela ausência. Nada fazia sentido, e ele não sabia nem por onde começar a entender o caos que o consumia.

Seu celular vibrou no bolso. Uma ligação. Por um instante, a realidade pareceu se afastar, e ele tirou o aparelho lentamente, como se temesse o que encontraria na tela. Mas, ao ver o nome que surgia, seus lábios se curvaram num sorriso suave, e seus olhos brilharam de emoção.

—Amor? -a voz de Gemini soou frágil, carregada de uma esperança tênue.

—Gem... -a voz do outro lado era baixa, preocuposa. —Você está bem?

—Estou... Não. -Gemini foi sincero, sentindo-se incapaz de mentir para Fourth, mesmo que não quisesse preocupá-lo.

—E... sua mãe? -houve uma pausa, como se Fourth hesitasse em perguntar algo tão doloroso.

—Eu não falei com ela ainda. Meu pai disse para não a incomodar. -a voz de Gemini oscilava entre a tristeza e a frustração.

Do outro lado da linha, Fourth suspirou fundo.

—Gem... -a voz de Fourth suavizou, e então, sem rodeios, ele disse: —Eu te amo muito, tá bom? Não esqueça disso. Eu te amo.

Gemini fechou os olhos, tentando segurar o nó na garganta.

—Eu também te amo... tanto. -a tristeza em seu tom era palpável. —Queria que você estivesse aqui comigo, só para que eu pudesse te dizer isso olhando nos seus olhos.

—Tudo tem seu tempo, meu amor. -a voz de Fourth carregava uma ternura quase física, como se tentasse abraçá-lo através das palavras. —Em breve estaremos juntos de novo.

—Assim espero... -suspirou Gemini, sentindo o vazio aumentar com a distância.

Subitamente, passos ecoaram pelo corredor, interrompendo o momento. Eles pararam diante da porta de seu quarto. Gemini gelou, reconhecendo a presença imponente do pai.

—Eu... preciso desligar. -sussurrou, com urgência. —Eu te amo. -e com um toque rápido, a ligação foi encerrada.

Ele olhou para a sombra que se projetava por baixo da porta, grande e arrogante.

—Vai ficar parado aí? -Gemini murmurou, um desafio amargo em sua voz.

—Venha ao meu escritório. Agora. -o tom de Benz era frio, autoritário como sempre.

HARMONY OF MISMATCH °GeminiFourth°Onde histórias criam vida. Descubra agora