" Essa história conta sobre uma garota chamada Sara, que tem uma vida conturbada e enfrenta uma tragédia: a perda de sua mãe e o abandono de seu pai, resultando em um passado doloroso. No meio do caminho, o inesperado acontece: o que ela pensava ser...
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O sol entra pela janela, fazendo com que seus lindos cabelos ruivos se tornem um laranja vibrante. Passei alguns minutos apreciando sua beleza e aquela paz que emanava da respiração dela.
Mas tudo foi interrompido pelo meu celular, que vibrava na mesinha de cabeceira. Peguei o aparelho com cuidado para não acordar Sara em meu braço. Ao ligar o aparelho, sou atingido pela luz azul, fazendo-me fechar um pouco os olhos. Tinha diversas mensagens do meu pai impaciente.
PAI: Já convidou a Camily? PAI: Por que, caralho? Meu sócio me ligou falando que a filha dele chegou chorando por sua causa. PAI: Neitan, onde você se meteu? PAI: Conserta essa burrada que fez, moleque.
Apenas desligo o celular, puxando a respiração, nem pensar pela que eu ia em casa escutar os delírios dele, mas já passava das sete e eu tinha algumas coisas para resolver.
Levanto da cama com cuidado para não acordá-la. Escuto seus resmungos, então paro, mas ela apenas facilitou minha saída quando se virou para o outro lado.
Pego minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto, visto cada peça, deixando só minha camisa para trás porque ela havia vestido ontem à noite.
Fecho o blusão e passo a mão em meus cabelos despenteados, com a esperança de que ficassem pelo menos apresentáveis. Coloco o celular no bolso e desço as escadas.
Mas, ao me aproximar da porta de saída, vejo a irmã mais nova da Sara, cujo nome não me vinha à cabeça no momento. Ela faz uma expressão de surpresa.
__ Bom dia! - digo, sorrindo da careta que ela faz.
__ B-bom dia! Você quer café? - ela parecia bem atrapalhada e confusa.
__ Não sou quem você esperava, não é?
__ Nem um pouco, mas espera, você não é o mauricinho de ego inflado que minha irmã Sah odeia?
__ Mauricinho de ego inflado? - fico perplexo com o apelido, mas era bem a cara dela.
__ Óbvio que ela não te chama assim. - ela tenta despistar.
__ Ah, ela chama sim! - afirmo, rindo.
__ É, ela chama.
__ Fala pra Sara que quero minha camisa de volta!
Digo, saindo e a deixando terminar seu café da manhã. Meu carro não estava longe; eu o deixei debaixo de uma árvore, um pouco afastado da casa. Dou uma última olhada na janela do quarto dela antes de sair.
♡
Passei o dia na rua resolvendo algumas coisas minhas e evitando minha casa, mas já estava tarde e tive que voltar para me preparar para a festa.
Em casa, estava um tumulto; todos estavam cuidando da decoração e das bebidas. O tema da inauguração era baile de máscaras, e minha roupa já estava arrumada em cima da cama.
