Por trás das músicas de Adele

Oh My God

Adele se recostou na cadeira do café, observando as pessoas passarem apressadas pela calçada. O aroma do café fresco misturava-se com o doce cheiro de croissants, mas seu coração estava distante. As últimas semanas foram uma luta entre sua vida profissional e suas emoções, e ela se pegava pensando se ainda havia espaço para o amor. Mesmo assim, uma parte dela ansiava por algo mais, algo que a tirasse da rotina.

Quando Rich entrou no café, algo dentro dela mudou. Ele tinha esse jeito despreocupado, com um sorriso que iluminava qualquer ambiente. Os olhos dele a fixaram, e Adele sentiu seu coração acelerar. "Ei," ele disse, aproximando-se. "Posso me juntar a você?"

"Claro," ela respondeu, tentando disfarçar o nervosismo.

Conversa vai, conversa vem, e logo Adele se viu rindo e esquecendo suas preocupações. Rich tinha um jeito especial de fazê-la se sentir viva, como se todos os problemas que a atormentavam fossem irrelevantes. Mas, ao mesmo tempo, havia uma sombra de insegurança. Ela ainda estava se recuperando de relacionamentos anteriores e não sabia se era certo abrir seu coração novamente.

"Você é muito reservada," Rich comentou, depois de um momento de silêncio. "Não precisa ter medo de se deixar levar um pouco."

Adele sorriu, mas a verdade é que ela estava apavorada. "Eu sei que é errado," ela disse, com uma voz baixa. "Mas eu só quero me divertir, sabe? Não quero me apegar a nada que possa me machucar."

Rich inclinou-se para frente, seus olhos brilhando. "Às vezes, as coisas mais bonitas vêm da incerteza. E quem sabe? Pode ser divertido pular para fora da sua vida e ver onde cai."

A ideia de mergulhar em um novo romance a atraía e a assustava ao mesmo tempo. "Ai meu Deus, não consigo acreditar que estou pensando nisso," disse ela, balançando a cabeça. "Qual a probabilidade de eu pular e acabar nos seus braços?"

"Vamos descobrir juntos," Rich respondeu com um sorriso confiante, e aquele olhar estava cheio de promessas.

Conforme as semanas se passaram, Adele encontrou-se cada vez mais em sua companhia. Os risos, as conversas sobre tudo e nada, as pequenas aventuras em sua cidade. Era como se eles criassem um universo próprio, longe das obrigações e pressões do mundo. Mas a dúvida a seguia como uma sombra. O medo de se machucar, de se apaixonar, de acabar caindo novamente.

Uma noite, enquanto caminhavam sob as estrelas, Adele finalmente soltou tudo que a oprimia. "Eu sou uma tola por estar fazendo isso," disse ela. "As pessoas acham que não consigo ver o que está acontecendo, mas eu prefiro ser tola do que deixar de cuidar de mim mesma."

Rich parou e a olhou intensamente. "Você não precisa se explicar para mim, Adele. Você é uma mulher adulta e pode fazer o que quiser. Mas se você decidir me deixar entrar, vou fazer o meu melhor para não te deixar cair."

Aquelas palavras a tocaram profundamente, e, por um momento, a ideia de se deixar levar não parecia tão assustadora. "Talvez, eu esteja perdendo a cabeça," ela confessou. "Mas isso parece certo."

Ambos estavam no limiar, oscilando entre o paraíso e o inferno. Mas quando eles se tocaram, foi como se todas as suas incertezas evaporassem. A conexão era intensa, e cada risada compartilhada parecia afastar a escuridão que havia na vida de Adele.

Mas mesmo quando se entregava a esse novo amor, ainda havia um canto de sua mente que não conseguia se silenciar. "Senhor, não me deixe," ela murmurou em um momento de vulnerabilidade, sem saber que Rich estava prestando atenção.

"Ei," ele disse suavemente, segurando sua mão. "Estou aqui. Não vou te deixar."

Era um pacto silencioso, uma promessa que cada um deles estava disposto a fazer. Adele se permitiu sentir a esperança e a emoção pulsando dentro dela. Por mais que o medo ainda estivesse presente, ela decidiu que estava pronta para o que quer que viesse.

"Eu sei que é errado," ela sussurrou, "mas eu quero me divertir."

Rich sorriu e a puxou para mais perto. E, naquele momento, Adele soube que, independentemente do que acontecesse, ela estava exatamente onde precisava estar — em seus braços, decidindo se jogar de cabeça em uma nova aventura, um novo amor, e tudo que isso poderia significar.