𝗔 𝗖𝗔𝗦𝗔 de Minho estava mergulhada em uma calma melancólica. Ele se encontrava sentado no sofá, observando a fumaça do cigarro subir em espirais pelo ar, um eco distante de seu pai. O hábito de fumar era um legado que ele carregava, uma maneira de se conectar com as memórias que, apesar do tempo, nunca se desvaneciam. Ele tragou fundo, permitindo que a nicotina o envolvesse, mas a lembrança do pai trazia consigo um peso que não se dissipava.
Logo, o som de uma chave girando na fechadura da porta o tirou de seus devaneios. Sua mãe, Park Yoon-Seo, entrou, trazendo consigo uma aura de ternura e uma energia vibrante que contrastava com a atmosfera pesada da casa. Ela carregava uma sacola de alimentos, e ao ver o Lee, esboçou um sorriso que disfarçava a preocupação nos olhos.
— Oi, Minnie! — ela exclamou, colocando a sacola em cima da mesa. — Espero que você esteja com fome, porque eu trouxe suas porcarias favoritas!
Minho deu um meio sorriso, mas o coração estava pesado. A mulher se aproximou, e ele não conseguiu evitar o abraço apertado. A sensação dela era reconfortante, mas logo ele se afastou, temendo que sua vulnerabilidade à deixasse mais preocupada.
— Como você 'tá? — ela perguntou, com um tom de voz que deixava claro que a pergunta não era apenas uma formalidade.
Ele deu de ombros, buscando as palavras certas. — Estou... sobrevivendo.
Yoon-Seo franziu a testa, percebendo a evasão. — Você ainda 'tá fumando, seu cafajeste? — Ela cruzou os braços, a expressão dela uma mistura de desapontamento e humor.
— E você? — rebateu, um sorriso involuntário surgindo em seus lábios. — Eu aprendi com o melhor.
— Cale a boca! — ela respondeu com um riso, mas havia uma dor oculta por trás de sua bravata. — Eu não quero que você acabe como seu pai. Ele se foi por causa desse vício, e eu não posso perder mais um!
Minho baixou a cabeça, a alegria momentânea desaparecendo. Ele sabia que sua mãe estava certa, mas a fumaça do cigarro parecia ser a única coisa que o ajudava a lidar com o vazio deixado pela perda do pai. Yoon-Seo sempre foi uma mulher forte, mas a ausência de seu marido a havia mudado, e, nos últimos dez anos, ela tinha se envolvido com vários homens. O humor ácido e a linguagem franca eram sua forma de esconder a dor.
— E quanto aos seus namoros? — ele questionou, tentando mudar de assunto. — Você ainda 'tá se divertindo por aí, ou já encontrou um novo "moço" para fazer companhia?
— Ah, meu querido, você sabe que vivo de casos curtos! — a mãe disse, piscando um olho. — Mas, não se preocupe, nada sério. Os homens são mais um entretenimento do que qualquer outra coisa.
Minho riu, mas a risada foi curta. Ele admirava a força dela, mas também sabia que, por trás da fachada divertida, havia uma tristeza profunda. Ele se lembrava de como sua mãe costumava ser antes da morte do pai — cheia de vida, com um sorriso que iluminava qualquer ambiente. A perda moldou não apenas Minho, mas também sua mãe, e agora ambos lutavam para encontrar maneiras de lidar com isso.
— Vamos fazer algo juntos, então — sugeriu Minho, tentando trazer um pouco de leveza ao ambiente. — Que tal assistirmos a um filme ou algo assim?
Yoon-Seo sorriu, o brilho voltando aos olhos. — Isso seria ótimo! E prometo que não vou escolher uma dessas comédias românticas de merda que você odeia!
O Lee riu novamente, sentindo um pouco do peso se dissipar. Eles se sentaram juntos, e ele percebeu que, apesar de toda a dor e perda, ainda havia espaço para momentos de alegria. Eles riram, compartilharam histórias e, por um momento, o passado não parecia tão opressor.
Enquanto a noite avançava, Minho percebeu que, mesmo nas sombras da tristeza, havia um pouco de luz. Ele e sua mãe estavam juntos, e talvez, apenas talvez, isso fosse o suficiente para enfrentar os desafios que a vida lhes impunha. A conexão deles era uma âncora em meio à tempestade, e ele estava determinado a manter isso vivo, mesmo que as cicatrizes do passado nunca desaparecessem completamente.
O Han se sentou no sofá, a escuridão da casa envolvendo-o como um cobertor pesado. A ausência de sua mãe, que falecera há cinco anos, ainda era uma ferida aberta. Ele lembrava-se de como ela costumava estar sempre ao seu lado, oferecendo conselhos que pareciam simples, mas que carregavam um peso emocional. Agora, tudo o que restava era um eco da sua risada, e a saudade o consumia em momentos como aquele.
A solidão começou a incomodá-lo. Ele precisava de um escape, algo que o afastasse do turbilhão de sentimentos. O pensamento de Minho estava presente em sua mente, mas também era cercado pela dor da perda. Ele se levantou, decidiu que sairia para beber e tentar esquecer, mesmo que por algumas horas.
Após algumas horas, já era noite, e Jisung se viu sentado no meio-fio da rua, cercado por copos vazios de soju. As luzes da cidade piscavam à sua volta, mas ele estava imerso em seus próprios pensamentos, sua mente uma bagunça de memórias e desilusões. O álcool o ajudava a ignorar a dor, mas também o deixava vulnerável. Ele olhava para as estrelas, perguntando-se como a vida poderia ser tão cruel.
O que o fotógrafo não sabia era que Minho estava voltando para casa, após um longo dia de trabalho na faculdade. Ele dirigia pela rua, cansado, quando algo na calçada chamou sua atenção. Ao se aproximar, reconheceu o Han, sentado no meio-fio, chorando, cercado por copos. O coração do Lee apertou ao ver a cena, e um impulso de proteção tomou conta dele.
— Han! — ele exclamou, estacionando o carro e pulando para fora.
O loirinho olhou para cima, seus olhos embaçados de lágrimas e álcool. Ele não conseguiu articular palavras, apenas balbuciou algo ininteligível, deixando escapar um riso nervoso. Minho, com uma mistura de preocupação e carinho, se aproximou, e a cena estava prestes a mudar o curso de suas vidas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗌𝖾𝗑 𝗈𝗇 𝗍𝗁𝖾 𝖾𝖽𝗀𝖾 › 𝗺𝗶𝗻𝘀𝘂𝗻𝗴
FanfictionLee Minho e Han Jisung estavam à beira do desconhecido, mas uma única noite de sexo intenso os lançará em uma espiral de paixão e descoberta. ➥ jisung x minho ➥ escrito por knwsib ➥ +18 ➥ longfic