Capítulo 6: Fragilidade exposta

5 1 0
                                    

Após a confusão com os repórteres e a fúria que Gaby havia demonstrado, Alessandro a levou para dentro do apartamento, a mente ainda atordoada com o que acabara de acontecer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Após a confusão com os repórteres e a fúria que Gaby havia demonstrado, Alessandro a levou para dentro do apartamento, a mente ainda atordoada com o que acabara de acontecer. As paredes que antes pareciam seguras agora pareciam opressoras, e a tensão que Gaby sentia era palpável. Ela tentava se recompor, mas a adrenalina da briga ainda pulsava em seu corpo, misturada a uma onda de ansiedade que começava a crescer.

__Gaby, respire. Você precisa respirar, disse Alessandro, percebendo a palidez em seu rosto. Ele tentou segurá-la, mas ela se afastou, agitada.

__É tudo tão injusto! Como ela pôde tocar nesse assunto? Como ela pode fazer isso comigo? Gaby explodiu, a voz tremendo. A fúria deu lugar a uma vulnerabilidade que Alessandro não estava preparado para ver. A força que ela demonstrou minutos atrás parecia ter evaporado, deixando apenas a dor exposta.

__Amor, calma. Estamos juntos nessa, ele a encorajou, mas Gaby parecia não ouvir.

__Você não entende! Todos os dias eu acordo e a culpa vem me assombrar! Se eu não tivesse trabalhado tanto, talvez... talvez ele ainda estivesse aqui! Ela estava em pânico, e seu corpo começou a tremer. Em um movimento brusco, se jogou no chão, as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, a angústia se transformando em um choro profundo e descontrolado.

Alessandro ficou paralisado, o coração despedaçado ao ver a mulher forte e determinada se desmoronando diante dele. Ele se ajoelhou ao seu lado, segurando seu rosto entre as mãos.

__Gaby, olhe para mim. Você não tem que carregar esse peso sozinha. Não é sua culpa!

__É sim! Se eu tivesse sido mais cuidadosa, se eu tivesse escutado os médicos, talvez ele... talvez eu ainda tivesse meu bebê! O desespero em sua voz cortou como uma faca. As palavras que saíam de sua boca eram como espinhos, e Alessandro se sentiu impotente, sua própria dor se misturando à dela.

Ele a puxou para perto, envolvendo-a em seus braços. __Eu te amo, Gaby. Eu quero recomeçar com você, mas precisamos cuidar de você primeiro. Você não está bem. Deixe-me te levar ao médico.

As lágrimas continuavam a cair, e ela se entregou ao abraço dele, o calor de seu corpo proporcionando um conforto que ela tanto precisava.
__Eu não consigo parar de pensar nisso, Alessandro. E se eu não conseguir ter outro bebê? E se eu não for uma boa mãe?

__Vamos dar um passo de cada vez. Você é mais forte do que imagina, e eu estarei ao seu lado em cada passo. Vamos procurar ajuda. Você não precisa enfrentar isso sozinha, ele disse, seu tom gentil e firme ao mesmo tempo.

Ela começou a acalmar a respiração, a consciência de que não estava sozinha, de que Alessandro estava ali, lutando por ela. Mas a culpa ainda a atormentava. __Eu só... eu só quero que ele saiba que eu o amava. Que eu teria sido uma boa mãe.

Alessandro beijou a testa dela, seu coração pesado. __Ele sabe, Gaby. Ele sabe o quanto você o amava, e nada vai mudar isso. Você é incrível, e um dia você será uma mãe maravilhosa. Eu prometo.

Gaby finalmente deixou que o cansaço a dominasse, se apoiando nos braços de Alessandro enquanto as lágrimas continuavam a fluir. Embora a dor ainda estivesse presente, a presença dele começou a trazer uma sensação de segurança. O mundo lá fora poderia ser um caos, mas ali, naquele momento, ela tinha alguém que a amava e que estava disposto a lutar por ela.

Entre flashes e suspiros Onde histórias criam vida. Descubra agora