Sob Nosso Poder (Macau/Kamol/Mitt)

Era diferente?

--- MITT ---

Eu sentia um alívio incapaz de descrever quando desci depois de ver Charlie, nós tínhamos passado a noite na casa de Alan, mas percebi que Kamol saiu durante a noite... Ainda percebia quando um deles saia de perto, aquilo abalava meu sono, acho que sempre abalaria, só que tinha que me acostumar com o trabalho dele.

Caminho até a piscina, o sol ainda estava nascendo e enfio minhas pernas na água, respiro fundo sentindo a água gelada. Acabou, abro um sorriso, eu vivi tanta coisa nessa casa. – Tudo bem por aqui, pirralho? – Lucas se senta ao meu lado.

- Sim, eu só estou... Não sei explicar. – Sussurro passando os dedos pela água.

- Finalmente entendendo que está liberto? – Ele toca em minha perna e eu assinto. – Quando Felipe chegou, ele me lembrava você atualmente, foi muito difícil passar por tudo... – Ele suspira. – Você mudou tanto Mitt, é tão estranho. – Nossos olhares se cruzam e eu sorrio. – Era insuportável.

- Mentiroso. – Ergo minha mão apontando os dedos para ele.

- Era sim, me infernizava, uma peste. – Ele cruza os braços no peito sorrindo. – Atrapalhou meu trabalho dezenas de vezes porque tinha pena das pessoas. – Lucas balança a cabeça. – E, ainda se meteu no meu relacionamento com Felipe.

- Ta bem, ta bem. – Solto uma risadinha descontraída. – Eu já entendi. – Faço um bico chateado. – Eu só queria ajudar vocês, poxa.

- Causando ciúmes em um ex-militar com TEPT? Muito maduro. – Isso me faz soltar uma risada, realmente tentei unir os dois quando percebi que estavam apaixonados, nunca quis ser um empecilho na vida do Lucas, a real é que apesar de termos algo, não éramos exatamente bons juntos. – Alerta de namorado ciumento vindo te resgatar. – Coço minha cabeça.

- Qual deles? – Pergunto curioso, achava incrível a habilidade dele de reconhecer pessoas somente pelo barulho dos passos.

- O ciumento ué, o superprotetor deve estar nos olhando da janela. – Então era Macau, sorrio ouvindo o caminhar até mim.

- Mitt, café da manhã. – Sua voz é grave e Lucas ergue a sobrancelha para mim.

- Espero sinceramente que volte a ser pelo menos um terço do cara que conheci. – Ele sussurra e eu assinto

- Obrigada... Por tudo Lucas. – Beijo sua bochecha e ele suspira, ouço um arranhar de garganta atrás de mim e me ergo da piscina, caminho até Macau que me encarava como se fosse me matar. – Oi, Daddy. – Sorrio e ele bufa virando de costas, dou uma corridinha e pulo em cima dele segurando seu pescoço. – Sentiu minha falta na cama?

- Claro, porque amo quando se levanta cedo pra se encontrar com seu ex na piscina. – Sua voz é desgostosa, mas ele ainda segura minhas pernas em sua cintura carregando me até a cozinha, Kamol estava sentado tomando café e conversando com Alan, Jeff estava em seu colo mexendo em uma panqueca. Pela cara ele ainda nem tinha enfrentado Charlie, mas estava morrendo de medo, desço das costas de Macau e sem parar de conversar Kamol afasta a cadeira para trás me dando espaço para subir em seu colo, eu amava isso. Quando sento ele puxa uma tigela de frutas.

- Por que o Jeff tem panquecas? – Sussurro chateado e cruzo os braços.

- Porque eu já comi as frutas. – Ele devolve revirando os olhos.

- Vocês são insuportáveis. – Eu falo e Kamol me beslica por baixo da mesa. – Ai Daddy, dói. Vou comer a porcaria das frutas. – Ele me lança um olhar e eu reviro os olhos, Macau solta uma risadinha se sentando do meu lado, estava preparando uma tigela de café, Kamol empurra outro prato para ele com ovos e bacon.