A new friend

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Melanie:

Já fazia uma semana que eu tava na casa da Julia, ela tem uma namorada que tem age regression, a mesma não gosto de mim no começo, mas eu conquistei ela com docinhos que eu fiz e expliquei que eu não estava pra roubar a Mommy dela, então a gente virou amigas, a mesma cuida de mim quando estou bem fraca, e quando dá a gente fica no quintal brincando e conversando.

—Mel você vai voltar para Londres quando?

—Não sei, eu acho que eu não consigo ficar mais lá.

—Você vai viajar pelo mundo?

—Talvez.

—Você vai eu acredito em você.

—Eu queria ter a sua energia.

—Mel você precisa encarar o mundo e aceitar.

—Gabi eu aceito até demais as coisas, e olha onde eu estou agora, eu tô no ponto de usar cadeira de rodas.

—Eu não tô falando só disso, você sumiu do mapa vamos dizer, deixou a sua amiga e as duas pessoas que você ama pra trás, você não acha que elas não sentem saudades?

—Até pode ser, mas eu tô cansada, todos sempre estão em volta e decidem por mim, quando eu vou tomar uma decisão?

—Você acha que tô mando a decisão de fugir é a certa?

—Eu prefiro quando tá baby.

Eu sento na grama e sinto o vento no meu rosto, a Gabi coloca sua cabeça na minha perna e faço carinho no seu cabelo.

—Eu acho que eu tô com medo.

—Do que?

—De morrer.

—Você não vai se não fizer o tratamento.

—Não é 100% de cura.

—Mas pelo menos você tento.

—Fica baby pela amor de deus.

—Só quando a Julia chegar, eu tenho que ficar de olho em você.

—Não tem aula pra dar não?

—Tô de folga.

Eu resmugo.

—Como é amar alguém?

Ela me olha com seus olhos verdes.

—Amar do jeito que eu amo a Julia ou amar qualquer pessoa?

—Não sei.

—Eu acho que você tem que descobrir por você mesmo.

—Não sei.

—Oi meus amores.

Eu nem tinha visto o tempo passar, quando vimos o sol estava indo em embora, o frio estava começando a judiar da gente.

—Oi mommy.

A Gabriela corre até a Julia e a mesma pega no colo, não sei mais um sentimento de tristeza bate no meu peito.

—Como foi a tarde de vocês.

—Foi ótima mommy a zeente binco  i falamu  Di coisinhas de adulto.

A Julia me olha com sobrancelha levantada.

—Não foi sobre aquilo, agente estava falando do meus sentimentos, Gabi conta as histórias direito, assim a sua mommy vai achar que eu tô falando coisas feias.

—Diculpa.

—Tudo bem.

Entramos pra dentro e coloco um casaco, eu olhei o relógio e vê que era hora do tete da Gabi.

—Eu vou pro quarto.

—Não tem problema de ficar, ela vai dormir tomando leite.

—Eu...não quero atrapalhar.

Aquele sentimento sufocante no meu peito, isso me faz lembrar dos cuidados da Fay e da Yo, eu não posso sentir saudades dela, eu subo pelas e entro quarto, eu não sei porque mais eu não conseguia respirar, eu deixo as lágrimas tomar conta do meu corpo, eu queria só elas agora, eu não posso ser igual a Gabi, mas eu preciso delas, porque eu tô tão longe? Eu não vou ligar.

—Mel.

Eu escuto a voz da Julia.

—O que está acontecendo meu amor?

Eu não conseguia respirar ou fala, aquele sentimento estava me sufocando, eu não queria que a Gabi achasse que eu estava roubando a Julia.

—Nada...

—Mel vem aqui, você precisa respirar.

Eu só sinto ser puxada pro seu colo e as minhas lágrimas aumentava mais ainda.

—Tá tudo bem.

Eu abandonei todo mundo, Angel me odeia, Yo tá magoada com certeza e a faye talvez esteja me desejando a morte.

—Olha pra mim.

Cada pensamento que tenho parecia mais alto e insuportável, meu corpo gritava pra eu desistir.

—Fica acordada Mel.

Eu só ouvia a voz dela ficar mais distante cadê vez mais, eu me sentia uma merda, eu magoei as pessoas, perde meu pai, perde a minha melhor amiga, perde as meninas, a Julia e a Gabi vai me odiar.

—Mel!!

Eu fecho os olhos só pra descansar, desculpa por eu ser tao inútil.



One last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora