One last chance

Treatment

Melanie:

Voltamos para Tailândia, e no dia seguinte já voltei pro meu tratamento e as meninas para seus trabalhos, as poucos eu resolvia alguns casos e dava processo adiante a sorte que eu tinha um parceiro que ficava no meu lugar quando era julgamentos, eu não estava 100%, mas já era um começo, esses dias eu fui no médico e pede pra ele ser sincero se eu sobreviveria, ele me deu só alguns meses de vida, eu só pede pra ele não contar a faye e a yoko, elas já estão sofrendo bastante para ter lidar com a despedida, bom a única pessoa que eu passei a informação foi a minha vó e a mesma não chorou, ela só pode me abraçar e dizer que estava chateada que ela teria que Enterrar uma neta agora.

Eu tinha saído da quimioterapia e estava muito cansada, esses tratamentos me tira todas as minhas energias, eu tomei alguns remédios, e peguei um taxi e fui pra casa da minha vó, o médico disse que eu não posso mais dirigir, a doença está avançando e ela pegou nas minhas pernas e em pouco tempo eu não irei mais andar.
Chegando na minha vó a mesma já me esperava no portão com sorriso lindo no rosto, mesmo que a idade tenha envelhecido ela a mesma continua sendo muito bonita.

—Oi minha neta preferida.

—Eu sou a única vovó.

Acabamos rindo e a minha vó insistiu de me ajudar andar até o sofá.

—Como está o tratamento?

Ela chega um copo de chá e me entrega em quanto senta no meu lado.

—Bem cansativo, tem hora que parece que eu não vou conseguir respirar mais.

—Seu pai ficou do mesmo jeito, se você quiser minha filha, tem um quartinho pra você.

—Obrigada vó, mas você sabe que eu tenho duas namoradas protetoras, se eu vier pra cá elas vão querer se mudar também.

—Não tem espaço, mas elas são bem vindas.

—Obrigada por existir, me perdoa por demorar tanto pra voltar pra casa.

—Minha filha não precisa pedir perdão, quando a sua mãe te levou e seu pai, eu sabia que você não voltaria tão cedo, mas pelo menos eu tô no seus últimos momentos, e você anda mais aqui com suas mulheres.

—Não se preocupa, é bom eu tomar um ar, e preciso da senhora também, eu espero que esteja no Natal lá em casa.

—Claro, mas como anda os julgamento.

Eu respiro fundo e tomo um gole do meu chá.

—Eu não posso participar infelizmente, mas eu já dei entrada em maioria deles.

—Com certeza você vai ganhar todas.

—Você é a sua fé em mim.

—Quando você me disse que queria virar advogada eu acreditei no seu potencial todo momento, e você só tinha 4 anos.

—Você é o papai sempre acreditaram em mim, hoje eu me tornei quem eu sou por causa de vocês, eu sinto saudades dele.

—Eu também.

Eu passei a tarde a com a minha vó e dorme a metade do dia, ela me fez comer e tomar banho, mesmo a gente não conversando passamos um tempo assistindo séries antigas que ela tanto amava.
Já era noite então preferi ir pra casa, chegando lá as minhas namoradas já estavam me esperando na porta, ficamos o trajeto todo conversando.

—Finalmente chegou.

As meninas veio até mim e me abraçaram, com isso me ajudaram me levar até o sofá.

—Já comeu?

—Sim Yo, a minha vó me alimentou, falando nisso ela pediu pra entregar pra vocês.

A faye me ajuda com a minha bolsa onde tinha vários documentos, remédios e um sacola com as duas marmitas.

—Depois eu ligo pra ela agradecendo.

A faye comenta.

—Vida já não falamos pra não levar tanto peso na bolsa?

—Eu sei Faye, mas tem documentos importantes para eu resolver.

A yoko volta com as marmitas esquentadas e da pra faye e a mesma cheira e começa comer.

—Assim a gente vai ficar mimados pela sua vó.

—Ela está esperando vocês lá.

—Vamos no final de semana, tá uma correria no trabalho, não quer come mesmo.

—Eu estou bem.

Elas se aconchega em mim e acabo bocejando, sempre era assim, eu falava um pouco e logo em seguida dormia.

—Como foi a quimioterapia?

—Chato como sempre.

—O médico falou alguma novidade?

A yoko encheu a boca e acabamos rindo e beijo seus lábios.

—Mesmo de sempre.

—Qualquer novidade pode contar pra gente.

—Claro meus amores.

Eu deito no ombro da faye e coloco a mão na coxa da yoko e fecho meus olhos.

—Pode dormir meu amor, suas mommys vão estar aqui quando acordar.

—Eu amo vocês.

—Eu também te amo.

As duas fala juntas e não consigo evitar um sorriso, eu me aconchego e me entrego pelo sono, elas são tudo pra mim, eu ainda não tô preparada pro adeus, eu espero passar o Natal com elas pelo menos.

Olá meus amores, tudo bem?

Faltan 4 capítulos pra acabar.