⤷ minchan au ⟡ Além da rivalidade

Parte 10

: . Capítulo 10 - Bangchan

Minho se atira no sofá e acho que dorme porque não o vejo se movimentando mais, tiro meus sapatos e mesmo sem ele escutar peço licença para entrar.

—Ah... oi amiguinhos! —Falo quando vejo três gatos me encarando do canto do sofá.

Fico sem me mexer, não quero estressar os gatos, nem acordar o Minho e nem me machucar, então penso muito antes de fazer qualquer movimento.

Me sentindo uma presa sendo observada pelos dragões da Daenerys, coloco um pé na frente do outro para entrar, os seis olhinhos muito atentos no que eu estava fazendo. Fico estático de novo quando um deles vem até mim, acho que é uma gata pela cor rosa da coleira.

—Não me morde por favor —Murmuro com um pouco de medo, mas o que vejo é o contrário.

Ela me cheira, se afasta e me olha e volta e me cheira de novo, depois como se me desse sua benção ela se esfrega na minha perna e os outros chegam mais perto e fazem o mesmo. Sinto como se tivesse tirado um peso das minhas costas e fico mais relaxado.

Caminho até a cozinha e arrumo a mesa com a sopa que minha mãe mandou, Minho ainda desmaiado no sofá, dependendo de como ele estiver vou ter que leva-lo ao hospital amanhã.

Assim que termino de arrumar a mesa com a comida, caminho em direção ao corpo jogado no sofá, seu rosto é tranquilo e ele respira com facilidade então fico menos preocupado, mas a imagem dele ainda com o cabelo molhado e visivelmente cansado faz meu coração doer.

—Ai Chan você é um idiota mesmo né —Sussurro para mim mesmo e me sento na beira do sofá. —Minho?

Chamo e ele não se mexe.

—Por que você tem que ser tão bonito? —Questiono baixinho enquanto arrumo seu cabelo.

E como a minha vida não pode ser feita só de vitórias, ele resolve acordar nesse exato momento.

—O que você está fazendo? —Ele pergunta e retiro minha mão de seu cabelo na rapidez do flash.

—Só checando você, para ver se não morreu ainda —Digo levantando do sofá e tossindo para disfarçar a vergonha. —Levante, minha mãe mandou sopa.

Saio para a cozinha sem esperar que ele venha atrás de mim. Meu coração bate contra o peito tão fortemente que parece que vai pular para fora, é ridículo o quanto fico nervoso quando ele me encara, e quando ele está muito perto. Meu deus o que eu 'tô fazendo da minha vida.

—Aquela senhora era sua mãe? —Minho pergunta me trazendo de volta para o mundo real.

—Sim, a senhora Bang —Falo divertido e me lembro que não avisei que tínhamos chegado. —Espera um momento, pode se servir.

Levanto e pego meu celular para ligar. Minha mãe não atende como o esperado, aquela senhora é viciada no celular mas odeia atender ligação, chega a ser irônico, então volto para mesa e resolvo mandar uma foto.

—Faz um pose —Digo e viro a câmera para Minho.

Ele levanta os dois polegares e sorri. Meu celular por pouco não cai no prato de sopa a minha frente.

Tiro a foto e envio, avisando que ele está bem e que estamos vivos e abrigados em um lugar seguro.

—Era para ela? —Ele questiona enquanto come.

—Sim, tinha me esquecido de avisar —Respondo começando a comer também.

A sopa é reconfortante, além de estar extremamente deliciosa, o calor que proporciona consegue mudar vidas, pelo menos muda a minha. Meu coração fica quentinho toda vez que como essa sopa, e agora que estou comendo com ele também... acho que vou entrar em combustão.