⤷ minchan au ⟡ Além da rivalidade

Parte 13

: . Capítulo 13 - Bangchan

—Ele também quer —Changbin diz e eu bato na mesa me recusando. —Chan deixa de ser otário cara, se arrisca e tenta, muita coisa pode vir de bom.

—Mas ele me odiava, como que eu faço isso? E tem esse cara que ele dormiu —Falo e meu melhor amigo revira os olhos.

—Acho que você tem um sério problema de não enxergar as coisas que estão bem na sua cara!! —Ele me da um soco na braço e arfa com raiva. —É óbvio que você é o cara que dormiu com ele...

—O que?

—Acho que os outros meninos não perceberam, mas eu vi quando você sumiu e o Minho também, e não pense que não vi que o seu cinto estava com Minho naquela manhã, para de se fazer de burro, você pode não lembrar do rosto mas não é possível que não perceba os sinais! —Meu amigo está completamente indignado.

E eu estou em choque.

—Se não acredita, vai hoje e procura pelo cinto, se você achar e eu tiver razão vai ter que beijar ele e se não tiver razão eu deixo você escolher o que eu faço —Binnie propõe, mas ainda estou chocado demais para responder. —Está anotado, vai hoje e não pense muito, apenas curte com ele porque tem um ano que eu vejo você se lamentar por causa desse cara e FINALMENTE está tendo uma chance.

—Não é possível que era ele...

—Chan, pelo amor de deus meu amigo, você tem sorte de me ter sinceramente, imagina não ter alguém mais inteligente que você para te ajudar —Ele me da uns tapinhas e eu coço a cabeça.

Certo, isso pode ser possível, faz sentido até, eu só preciso ter certeza, e se isso for verdade então eu posso tentar alguma coisa não é? Aquele dia foi tão bom que eu queria encontrar a pessoa de novo, se realmente for ele... acho que posso tentar.

-

Finalmente as aulas acabaram, meu coração bate ansioso contra o peito, espero por Minho no ponto de ônibus, meu carro está aqui perto então marco com ele ali. Quando o enxergo quase desmaio, minhas pernas ficam bambas de tanto nervosismo, mas me seguro firme e tento manter a compostura.

Quando ele me enxerga, um sorriso enorme aparece em seu rosto e ele corre para chegar mais rápido, e de repente quero que ele sorria assim para mim todo dia, quero que ele corra para chegar mais rápido, quero que ele deseje estar comigo.

—Oi Chris!! —Minho diz e me abraça.

Não perco a oportunidade e o abraço de volta.

—E ai Minmin, vamos? —Tento esconder ao máximo meu nervosismo.

—Sim sim, quero ir para casa logo e tirar essas roupas —Minho diz se espreguiçando enquanto andamos em direção para meu carro.

Eu tropeço quando ele fala isso, finjo que nada aconteceu mas fiquei três vezes mais confuso.

—Tem alguma ideia de filme? —Ele pergunta quando abro a porta do carro pra ele entrar.

—Achei que você iria escolher então não pensei muito —Falo e depois fecho a porta para entrar do meu lado. —Você tem alguma ideia?

Minho pensa um pouco enquanto eu ligo o carro e começo a dirigir.

—Acho que vamos assistir algo de terror —Lee diz animado e eu rio —O quê? Você não gosta?

—Na verdade... não, tenho medo —Sou sincero e ele ri de mim.

—Relaxa, eu te protejo qualquer coisa —Minho diz e sou eu quem rio.

Deixo ele escolher uma música e vamos conversando sobre coisas normais da nossa vida, falo sobre o restaurante da minha mãe, ele me conta que mora sozinho a muito tempo e nem se lembra da ultima vez que falou com a mãe, quando o clima fica triste eu puxo o assunto para nosso trabalho, dou uma ideia de fazermos um projeto social em uma ONG que ajuda crianças que foram abandonadas pelos pais, eu ajudo lá já tem um tempo então sei que poderia dar certo, ele fica até animado e diz que podemos chamar os outros para ajudar.

Nosso projeto consiste em dar aulas de músicas para alguns pequenos e no final, quando formos apresentar nosso trabalho, passarmos um vídeo mostrando todo o processo e chama-los para tocar para todo mundo ver no final.

Minho deu a ideia inicial, eu só acrescentei as crianças e o show no final, ele amou a ideia então estaremos indo com isso.

Assim que chegamos na sua casa, ele coloca a senha e entramos, seus gatos nos cumprimentam com muitos miados e se esfregando em nossas pernas. Soonie, Doongie e Doorie são os gatos mais legais que conheço, e acho que Soonie é a líder, e acho que ela me ama.

—Vou trocar de roupa e já volto, se quiser posso te emprestar aquela calça de moletom de novo para você não ter que ficar com essa jeans o resto do dia —Minho oferece e eu aceito.

Aceito porque não sabia que ficaria aqui o resto do dia, e porque quero ficar confortável ao máximo do lado dele.

Coloco minha mochila no canto da porta e vou espera-lo no sofá, os gatos sobem em cima de mim então começo a brincar com eles enquanto Minho não sai.

Estou tão imerso na brincadeira que nem percebo Minho nos observando na porta do quarto, só de calça de moletom, sem blusa, apenas com ela.

Fico o observando por um segundo e minha mão automaticamente vai para uma almofada para coloca-la no meu colo. Porra ele é muito gostoso, o abdômen não é definido mas ele é fortinho, os ombros largos, seus braços... senhor.

Se controla Bangchan, se controla!

—A calça está lá em cima da cama, pode ir trocar se quiser —Minho diz e anda para a cozinha, respiro fundo e vou como um tiro para dentro do quarto.

Assim que fecho a porta me lembro do que Binnie disse e resolvo que aquela é a hora perfeita. Tento ser o mais rápido possível e vasculho tudo, fico com vergonha quando descubro que seus cintos estão na mesma gaveta das cuecas, mas engulo em seco e procuro.

E então eu o vejo, meu cinto brilhando como se fosse um objeto raro em um jogo, meu coração erra as batidas e arfo, acho que faço muito barulho porque Minho bate na porta perguntando se está tudo bem.

Respondo rápido que sim enquanto fecho tudo e vou tirar minhas roupas. Estou terminando de colocar a calça quando escuto a porta abrir.

—Oh... desculpe você demorou achei que ja estava vestido —Minho diz e eu me viro rápido para ficar de costas para ele.

Termino de subir a calça de moletom e respiro um pouco antes de me virar de novo.

—Pronto, vamos? —Digo indo em direção a ele.

—Vai ficar sem blusa também? —Min me questiona e me sinto burro igual uma porta, porque em algum momento eu tirei minha blusa e me esqueci disso.

—Ah sim, vou colocar perdão...

—Não precisa! Se for ficar mais confortável pode ficar assim —Lee diz me interrompendo e acho que coro de vergonha porque ele abre a porta toda e sai em direção a sala.

Repenso todas as minhas escolhas de toda a minha vida quando decido que não vou colocar a camiseta de novo.