⤷ minchan au ⟡ Além da rivalidade

Parte 7

: . Capítulo 7 - Lee Minho

Acordo bem mais disposto do que a primeira vez, um cheiro familiar e não familiar ao mesmo tempo me cercando por todos os lados.

—Que cama boa meu deus —Falo enquanto me espreguiço.

De repente as memórias de ontem passam pela minha cabeça e sinto uma leve vontade de morrer, não é que eu me arrependa, é só que nunca fiz aquilo com um desconhecido e nunca fui daquele jeito com ninguém então... eu estava morrendo de vergonha.

Ninguém sabia além de mim e da pessoa, que eu acredito que estivesse tão bêbada quanto eu, então não tinha motivo para ter vergonha certo?

Até que eu vou ao banheiro e por pura ironia do acaso me olho no espelho e vejo lá, uma marca visível para todos, a porra de um chupão que daria para ver da lua, meu deus que merda de vida.

Eu sabia que estava na casa de Bangchan, e não estava incomodado com isso, é algo normal se formos considerar o fato de que estamos tentando ser amigos certo?

—Bom dia Minmin —Escuto duas vozes falando e vejo Innie e Seung saindo juntos do quarto.

—Bom dia meninos —Falo, não pensando muito nessa cena.

Descemos as escadas e nos encontramos com Binnie e Chan deitados no chão da sala, assistindo alguma coisa estranha que passa na tv.
Assim que eles nos escutam chegar dão pause na tv e se levantam.

—Eai pessoal, finalmente né —Changbin diz e os mais novos caem juntos no sofá praticamente um no colo do outro.

—Estamos com fome —Innie fala e Chan ri coçando a cabeça.

—Vamos todos pra cozinha, Binnie e eu fizemos sopa —Ele diz e então vamos todos sentar na mesa.

Observo a movimentação da dupla mais velha, eles parecem casados olhando de longe, os dois completam os movimentos um do outro, chega a ser engraçado observar a interação deles, principalmente quando envolvia mexer com os mais novos. Pareciam pais cuidando de seus filhos. Deixo uma risada escapar dos meus lábios e todos eles param e me olham, como se eu fosse extremamente esquisito, e não eles que estavam parecendo uma família de comercial.

—Do que você está rindo min? —Binnie pergunta e balanço a cabeça.

—Nada não, desculpa podem continuar —Falo me sentando ao lado de Seungmin na mesa.

E então como se nunca tivessem parado, eles voltam aquela cena de família feliz. Me sinto feliz, mesmo que por um momento por participar daquele momento, gosto deles, e acho que posso gostar do Bangchan.

-

Comemos juntos e conversamos sobre algumas coisas sobre a festa e sou muito zoado pelo chupão enorme no meu pescoço, tanto quanto Chan é zoado pelo dele.

—Vocês tiveram uma noite e tanto ontem em! —Innie comenta divertido com a situação.

—E vocês não acham que estão deixando na cara demais não? —Comento empurrando Seung para o lado e então os dois ficam vermelhos.

Os mais velhos da mesma riem e Chan continua.

—Até parece que ninguém sabe que vocês estão dormindo juntos a meses, não somos burros —Ele completa e eu concordo.

—Ah gente, é aquele ditado "se ninguém sabe ninguém estraga" —Seungmin diz e Innie da um tapa em seu braço.

Todos rimos de novo e terminamos de comer.

: . Bangchan

Eu estava reparando demais. Estava reparando DE MA IS. Sou obrigado a sair da sala e ir até meu quarto para respirar e me acalmar um pouco, meu corpo e minha cabeça estavam confusos depois da noite de ontem, era por isso que eu estava prestando tanta atenção nele. Não é possível que seja outra coisa.

—Que merda chan! —Xingo baixinho enquanto caio na minha cama com a cabeça enfiada nos travesseiros.

De repente um cheiro muito familiar invade meus sentidos me deixando completamente desorientado com a sensação. Que maldição! A cama ainda estava bagunçada depois que Minho se levantou, seu cheiro estava marcado como se fosse uma espécie de perfume de luxo nos meus lençóis e... eu só podia estar enlouquecendo.

Há um ano atrás eu senti essas mesmas coisas, mas lidei de forma burra e deu no que deu, e agora de novo? Ele se odiava muito por estar naquelas condições de novo. Era por isso que afastava ele, nunca gostei de estar em posição de desvantagem, mais que inferno!

—Chan!! —Binnie me grita e eu rapidamente me levanto. —Você está ai cara!

—Estou —Respondo meio borocoxô.

—Você está daquele jeito por ele de novo não está? —Meu amigo me pergunta e eu rio amargo.

—Por que que eu sou assim? —Falo caindo na cama de novo, coloco as mãos no rosto sentindo uma vontade genuína de chorar.

—Pelo amor de deus Chan! 'Tá tudo bem cara, para de ser desesperado! —Bin grita e eu finjo que to chorando.

De repente ele esta em cima de mim me forçando a tirar as mãos do rosto.

—Um ano atrás você afastou ele porque foi burro e não lidou com isso de forma madura, não é possível que você não evoluiu até hoje! —Meu desespero aumenta e Changbin percebe isso. —Sinceramente, não vamos lidar com isso agora, venha descer rápido, depois nós conversamos sobre isso.

E então ele me puxa e me força a voltar para a sala, na qual os meninos nos esperam para terminarmos de assistir o filme juntos. Binnie se enfia no canto em que os mais novos estão e consegue se aconchegar bem por lá, eu por outro lado sou forçado a me deitar com Minho no chão, que assiste tranquilamente a tv.

Meu corpo e meu cérebro reconhecem a presença dele, mais do que eu gostaria, e eu não consigo não ficar em alerta e com o corpo tenso. Binnie chuta minha cabeça de cima do sofá e eu entendendo que é um sinal para mostrar que todo mundo está percebendo aquele meu comportamento. Tento meu máximo para relaxar, e quando percebo quase todos já dormiram de novo, menos eu e Minho, que olha atentamente para a tv.

—Chan? —Escuto ele dizer e me viro para ele.

—Oi? —Respondo meio baixo, minhas cordas vocais falhando de nervosismo.

—Você pode me levar para casa? Já estou aqui a tempos demais e preciso tomar banho —Ele diz baixinho e eu apenas assinto me levantando do chão.

Minho pede ajuda para levantar, agarro sua mão e o puxo para cima. Como o destino me odeia, Minho perde o equilíbrio e quase cai em cima de mim, mas eu o seguro e conseguimos não fazer barulho. Tenho que usar de todo meu autocontrole para não deixar óbvio o quanto aquela movimentação e aqueles toques me deixaram... animado? Ah Deus como sou patético.

—Pega suas coisas, vou te esperar no carro —Digo e ele assente.

Minho sai andando e eu engulo em seco, como eu posso ser tão azarado? Era realmente um grande mistério.