17° parque de diversões

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Andava de um lado pro outro pensando se minha ideia de chamar Chris pra sair séria uma boa. Tipo, e se ele recusar? Ou falar que não pode porque tem que sair com outra pessoa?

Não, não, é melhor eu não pensar nisso.
Ele gosta de mim.. como um amigo. E eu também gosto dele assim..

Eu com certeza tô paranoico é só isso. Com certeza não gosto dele do estilo "algo mais". A gente é só grandes amigos. E nós vamos sair juntos como amigos. Mas, porque eu tava tão nervoso?

Era sábado, o restaurante fechava mais cedo, então daqui a alguns minutos ele já estaria em casa.

Era pra eu tá no trabalho. Entretanto meu chefe resolveu deixar outro cara no meu lugar só para eu sair, isso que é ter um chefe bom.

Me arrumei da maneira mais simples para não parecer que eu tô desesperado por uma... saída entre amigos? Que seja.

Escutei a porta se abrindo, ele me cumprimentando e subindo pro quarto.

–Se arruma, nós vai sair!–Gritei.

–Beleza!

Nem liguei, só continuei mexendo no celular(ou planejando sobre o que a gente iria falar).

Ele desceu com roupas de cores neutras e clarinhas, dando um ar fofo a ele. Simples e belo.

–Vamos?

–Uhum.

Peguei as chaves do carro, porém mudei de ideia.

–Que tal irmos caminhando?

–é muito longe daqui?

–Não, é pertinho.

–então tudo bem.

Saímos de casa conversando sobre assuntos banais.

–Pera, para onde a gente vai?

–Ah, você vai ver.

Chegamos no parque de diversões que havia abrido a pouco tempo.

Olhei pra Chris que tinha um sorriso grande em seu rosto.

–Parque de diversão? –mirou cada brinquedo como uma criança vendo um pirulito colorido pela primeira vez.

–É..eu queria vim em um lugar simples só para nos dois nós divertimos. –Coloquei as mãos dentro do bolso da minha jaqueta preta. –Você..gostou?

–Eu amei.–Observa ao redor e puxa o meu pulso correndo até um brinquedo de carrossel. –Vamos nesse primeiro?

–Claro, só vou comprar as fichas para a gente ir. Espera aqui.

Compro as fichas na máquina e volto até ele. Ficamos esperando por alguns minutos na fila e logo chega nossa vez.

Subi em um cavalo logo atrás de Chris.
Não tinha muitos adultos no brinquedo porém ninguém ligava. O carrossel começou a rodar, era bem tranquilo.

Depois de algumas voltas bem entediante. O negócio parou e eu desci o mais rápido possível, quase que eu durmo nesse brinquedo. Ao contrário de Chris, que tinha um sorriso enorme no rosto e não parava de tagarela sobre o quão legal foi.

–Olha, Labirinto do medo. Vamos naquele. –Falei e puxei a mão dele.

Não tinha uma fila longa,então entramos de boa. No começo só tinha umas risadas de palhaço, algumas caveiras no chão, nada muito aterrorizante.

Chegamos na parte onde possuía um corredor mal iluminado, havia uma plaquinha escrita "encontrem a chave" antes da porta fechar com tudo prendendo eu e Chris no corredor cheio de quartos.

–Porra! Que susto caralho! –Levei a mão até o peito quase tendo um infarto.

–Tem 4 quartos aqui. Bora nesse primeiro.

Entramos em um onde um corpo caiu na nossa frente. Eu, corajoso como sou, fui pra trás de Chris usando ele como escudo.

–É de plástico, relaxa.

–Sabe que se algo aparecer aqui, eu te jogo pra ele e 'vô me bora.

–Nossa, muito obrigado pela consideração. –Fala num tom sarcástico.

–Disponha.

Continuamos andar e não encontramos nada. Fomos para o quarto 4 já que na visão de Chris, era o mais óbvio de ter  chave.

O quarto tinha aranhas falsas no teto e também tava mal iluminado. Vi um negócio brilhante em cima da cômoda.

–Aqui a chave, muito fácil. –saio de trás dele e pego a mesma. Ele olha pra mim com os olhos arregalados como se tivesse vendo uma assombração.

–Seungmin.. sai daí..

–Porque? O que foi? –Olho pra trás e vejo um homem usando uma máscara segurando uma cabeça na mão e na outra um facão. –Misericórdia!

Saio correndo sentindo o bicho vir atrás deu. Pego Chris pelo braço,Já que ele parecia ter virado uma estátua, e puxo com força quase arrancando.

–Bora meu filho.–Corro até a porta e a abro com tudo. Saímos correndo até chegar na entrada principal.

–Aquilo..era.. uma cabeça?–Escutei ele sussurrar.

–OHHH MOLEQUE, PORQUE AQUELE BICHO TAVA SEGURANDO UMA CABEÇA?! –Grito pra um dos funcionários que estavam ali perto.

–Senhor, aquilo não é uma cabeça de verdade, é de plástico. –força um sorriso.

–Ah.. Então vocês deveriam fazer menos real! –Fico constrangido. –Vamos em outro brinquedo Chris.

Pego a mão dele indo pra qualquer lugar longe dali. Queria enfia minha cabeça dentro de um buraco e sumir.

–Você não quer comer um pouco antes? –Questionou ele apontando para uma barraquinha de cachorro quente.

–Ah,claro. –andamos até lá e eu percebi que continuava segurando a mão dele. Não vou mentir que me sentir um pouquinho feliz por dentro, mas soltei para não constranger ele. –Desculpa..

–Tudo bem.–Sorriu e segurou minha mão de volta. –Vai que a gente acaba se perdendo no meio dessas pessoas.

–Verdade.. –Meu sorriso triplicou de tamanho. Aquele dia tava sendo perfeito, eu podia ter certeza nada poderia estragar nosso momento.

Bom..isso até uma certa pessoa chegar..

O Homem Do Meu Porão - Chanmin Onde histórias criam vida. Descubra agora