Lírio

Hibisco

DUPLO BOOM 💥💥💥

(o título do capítulo é sobre uma flor haha)

vamos ver quem foi que encontrou Lírio na biblioteca...

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*O nome da planta vem de Ísis, a deusa egípcia da fertilidade, e por esse motivo, a flor está ligada à questão da sexualidade, ao amor e à força maternal.

- Meu Deus! – Lírio levou o livro ao peito, respirando fundo.

Encostou o corpo na estante, e viu a presença de Ramiro à sua frente, a uma distância tão próxima que era possível até sentir o perfume vindo dele.

- Você... Você estava me seguindo?

- Sim. – em choque, Lírio ficou boquiaberta. – Você está namorando aquele cara?

- Que... Que cara... Eu não sei do que... Por que você quer saber...?

- O colega. O professor.

"Por que Ramiro está tão lacônico?"

- Humberto? Ele é meu colega de trabalho, e me ajuda na produção das essências. Ele dá aula de química, mas... Por que você quer sab...

- Vocês namoram?

- Não. Ele é meu amigo. Não... Não estou entendendo essa pergunta, Ramiro.

Ele se aproximou ainda mais, os dedos perto do lenço de seda no pescoço da jovem. Um deles passou por dentro, querendo afrouxar o nó, e a jovem engoliu em seco.

- Por... Por que... O que você está fazendo...

Ele pegou o livro que estava na mão da jovem, feito escudo protetor, e colocou na ecobag cuidadosamente. Não queria nada os separando, nem mesmo um livro.

- Você nem imagina a bagunça que está fazendo em minha cabeça, Lírio... – a outra mão repousou em seu ombro, subindo até o pescoço e chegando até o lóbulo da orelha, adornada por um brinco de pérola bem pequeno e discreto. – Odeio aquele professor babaca te cercando, odeio o fotógrafo daquele ensaio tocando em seu pé, tocando em seu cabelo como se fosse dele, o personal armário, o modelo armário, todos esses idiotas, detesto a ideia de minha fada, de minha flor ser vista por todo mundo...

- Ramiro, eu...

A voz dele agora era um sussurro em seu ouvido.

- Mas uma flor nunca deve esconder suas pétalas.

Ele moveu o rosto para ficar colado ao de Lírio, e não esperou resposta.

Lirio recebeu o beijo com surpresa – os lábios de Ramiro pareciam sedentos, desesperados pela jovem, sentindo cada parte dela como se experimentasse uma fruta, a fruta mais doce, e ela respondeu um pouco cautelosa, reticente, como se não acreditasse no que estava acontecendo.

Não sabia se abria os olhos para encarar o fato de que Ramiro, ele, o homem que sempre amou, estava ali a beijando, ou se fechava os olhos para aproveitar, para tornar realidade o que parecia apenas parte de seus sonhos mais secretos.

Abriu a boca, recebendo a língua que a invadia, abraçando-o ainda cautelosa, mesmo que o corpo e o coração dissessem o contrário, que ela deveria se entregar sem medo.

Lírio sentiu o corpo mais quente, trêmulo, à medida que Ramiro não apenas a beijava, como também fazia carinhos em sua nuca, enterrando os dedos em seu cabelo, e ela respondeu afastando-se por um instante para suspirar.

Ofegante, apenas notou que Ramiro tinha o olhar direcionado para um ponto em seu rosto – seus lábios.

E retornou a beijá-la, desta vez a abraçando, os braços a envolvendo para ficar junto a ele, e Lírio subiu lentamente as mãos para ficar perto da nuca de Ramiro, testando, tateando a ponta dos cabelos, ao mesmo tempo que o corpo queimava à medida que ele prosseguia seus beijos agora na bochecha, no queixo, perto do pescoço, a barba arranhando a pele suave da jovem – mas não havia sensação de dor.