Bonnie Lemos é uma menina mulher do interior do nordeste, que vive com seu amado pai o senhor Bento Lemos, em seu pequeno pedaço de terra, eles mesmos cuidam dos animais que vivem por lá, e produzem o seus próprios alimentos que vendem na feira, par...
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Bonnie
Ao chegar em casa, já vou colocando a cesta em cima da mesa e me direcionando para pia para lavar minhas mãos, e já pegando as panelas percebendo que painho ainda estava na roça então peguei arroz vermelho que nós mesmos plantamos nem catei as escoas pois ele não tinha nenhuma já coloquei a panela com água e sal, e esperei ferver, para jogar o arroz e depois o leite, fui ver os temperos que tinha e vi que tinha peixe, então o peguei e já colocando o óleo pra ferver também fui temperar o peixe, e vi que o água já tinha fervido então adicionei o arroz, ao ter temperado já o coloquei pra fritar um para mim e dois pra paim. Deixei a comida no forno e fui atrás da vassoura de palha, para varrer a casa e peguei um pana pra espanar as coisas, a nossa casa de barro era pequena só tinha dois quartos uma cozinha que também é usada como varanda, e um banheiro que é lá fora. Então foi rápido pra limpar já que não tínhamos muitas coisas, escuto os latidos de Biu, fui desligar a comida e escutei uma batida na porta de talba. Fui na direção da mesma e aí abrir ela perdi o fôlego com a visão do homem a minha frente, de tão bonito que era, tinha cabelos negros, olhos azuis intenso que me senti nua sobre o seu olhar, ele era muito alto acho que dá altura de painho, sua pele parda, seu rosto ânguloso seu bigode e barba por fazer, senti meu estômago se remexer de nervosismo. _ O que o senhô deseja?_ perguntei nervosa com seu o olhar, que minhas bochechas queimam. _ Mora sozinha?_ sua voz soa rouca e grossa ao mesmo tempo. _ Não com painho, porquê? _ Vim aqui descutir sobre esse terreno. _ O que o senhô quer com nossas terras?_ pergunto levantando minha sobrancelha em interesse. _ Isso irei resolver com seu pai_ falou arrogante. _ Então pode dar a meia volta pois ele não estar._ falei começando a me irritar. _ Seja mais educada e me deixe esperar por ele. _ Mas eu não deixo mesmo, quem o senhô pensa que é? _ Eu sou Henrique Carvalho Campos senhorita_ falou combo olhar mais intenso e escuros que já vi em toda minha vida. _ E o que eu tenho avê com o nome do senhô? _ perguntei petulante _ Mas que petulante _ falou e sorriu ladino e olhou pra mim. _ Seu pai não lhe ensinou bons modos não senhorita? _ De ensinar, ensinou, mas só uso com quem merece e não com alguém que quer nos tirar, nossas terras._ respondi a altura, o olhando com desdém, já ele me encarando de modo sério e frio. _ Bonnie?_ escutei a voz de painho que olhou pro homem que estava de frente pra mim e permaneceu ainda a me olhar, mas que depois se virou para meu pai o olhando. _ Henrique Carvalho Campos senhor _ se apresentou _ Bento Lemos_ se apresentou também, apertando as mãos um do outro em cumprimento respeitoso. _ Senhor Bento já deve imaginar porque estou aqui_ falou e me olhou. _ Entre, vamos conversar lá dentro_ e entrou sendo acompanhado por nós que fomos logo atrás dele. _ Sente-se _ falou painho _ Obrigado. _ Bonnie? _ Sim meu pai? _ Poderia sair querida?_ o olhei e vi que a conversa seria séria, apenas acenei e fui pra fora sentindo o seu olhar sério em mim. Ao estar lá fora me senti no batente para esperar, o quer que saia acho que não será bom, escuto a voz um pouco alterada de meu pai uns minutos depois. _ O que será que estão conversando tanto Biu? _ Isso estar me deixando nervosa_ falei pro mesmo que estava deitado perto de mim e permaneceu assim, até escutar passos então me levantei rápido, e olhei para trás batendo contra o peito grande e musculoso do tal Henrique. _ Cuidado Bonnie _ falou, e me arrepiei ao escutar sua voz pronunciando o meu nome _ Desculpa _ falei envergonhada, e olhei para baixo. _ Não tudo bem, até mais Bonnie _ falou e se dirigiu para o alazão preto a sua espera, o cavalo era enorme, cheio de músculos, bem cuidado e bonito, ele me olhou antes de sair em disparada para sua fazenda, me fazendo me perguntar porquê nos veríamos de novo.
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