BONNIE

6°

                         Henrique Carvalho

Ao chegar em minha fazendo depois de alguns anos longes, fico nostálgico de todas as lembranças de minha infância, a fazenda era de meu pai, era só um pedaço de terra que fui expandindo aos poucos, e que hoje em dia é uma indústria de exportação de carne, a melhor de todos o país, aqui exportamos frutas, vegetais, arroz, feijão, carne mais meu ramo é a carne desde ovelha, porco, boi, vaca, carneiro, não é atoa que estava fora, pois estava em negociação com um vendedor dos estados unidos, fechei o negócio milhonário, em que eu exporto a carne e ele vende lá, fora a exportação que faço pelo Brasil. Mas eu estava com tanta saudade de minha terra natal, que não trocaria por nada, por isso não irei mais fazer negociações fora, deixei um homem de confiança pra isso.
Ao entrar sou recebido por minha mãe Aurora com abraços beijos, me levando para a mesa para um banquete de encher os olhos.
_ Coma, coma, meu filho estar tão magrinho _ falou, e meu pai entra na sala, logo vindo me abraçar.
_ Oi meu filho!
_ Benção meu pai.
_ Deus abençoe
_ Vai coma logo querido, quero lhe apresenta uma moça, muito amável que conheço a tempos e já vou logo avisando viu, quero ela como minha nora.
_ Deixe ele querida, ele chegou agora.
_ Oxxe e eu com isso, ele que não me arrume um sirigaita pois se não arranco suas orelhas._ falou brava, e aproveitei e peguei uns bolos de macaxeira e formigueiro que são os meus preferidos, me sirvo também um café puro, e ao colocar o bolo de formigueiro em minha boca, sinto a explosão de sabores em minha boca que delícia.
_ Hum! Que bolo maravilhoso!
_ Num é querido foi minha futura nora que fez_ falou e meu pai riu, indo pegar um pedaço do bolo de formigueiro que puxei logo pra mim, pro mesmo não comer, ele me olhou e levantou as mãos indo comer o outro bolo
_ É meu painho, não coma esse bolo estar maravilhoso _ peguei o pedaço restante e coloquei na boca.
_ Tudo bem querido coma tudinho viu, amanhã vou pegar mais com a Bonnie ela tem as mãos de fada_ falou indo pra outro lugar da casa, ainda falando sobre a tal Bonnie.
Ao terminar de comer me despeço de meu pai, e fui em direção ao meu quarto, retirei minhas roupas e fui ao banheiro nú mesmo, liguei o chuveiro e deixei a água gelada cair sobre o meu corpo, e ao terminar saí já procurando uma roupa, pois falei com o prefeito de merda daqui, estou interessado em uma terra que ele diz que não tem ninguém, e é desocupada, ela faz fronteira com minha fazenda, então a comprei para expandir minhas terras, irei vê-la.
Ao sair, vou para a entrada e ao estar lá vejo uma deusa passando com um cachorro caramelo e uma cesta em suas mãos, seu vestido simples e florido até o calcanhar a deixa tão bonita seus longos cabelos me deixam com vontade de tocá-los para ter certeza de sua maciez, seu rosto perfeito, sua cor de chocolate deveria ser pecado existir alguém assim, vejo quando a mesma me olha, mas ela já estar muito longe.
_ Senhor, uma vaca nelore estar dando cria_ um capataz falou, me tirando do transe, e quando voltei a olhá-la ela já não estava mais lá.
_ Vamos_ falei ao capataz
Ao ter certeza de que o bezerro estar bem, junto com a vaca, fui atrás de minha égua negra que deu o nome de Pérola, assim que me ver ela relincha feliz, á celei e fui em direção a terra que acabei de comprar, mas o que me deixa irritado é saber que a mesma já estar ocupada, apesar de pequena é bem cuidada tem animais, plantações, uma casinha de talba e um banheiro ao lado, um lar simples aquele satanás me paga, de ter me vendido algo já ocupado, e para minha surpresa encontro a deusa, e seu cachorro, mais que bicudinha, ela me responde me fazendo ficar com uma vontade danada de agarrá-la. Então me toco de que essa é a Bonnie, que minha mãe falou, as mãos de fada, sorriu já sabendo como irei resolver isso.
Ao entrar conversei com seu pai, e ele se alterou um pouco pela proposta que fiz, mais eu entendo sua terra me foi dada, e eu paguei por ela, entendo o seu receio mais fui respeitoso com ele e disse que eu estava interessado em me comprometer com sua filha, e ele ficou de conversar com ela, pois não tinham para onde ir.