Taiga Onodera, uma jovem de 22 anos, era uma figura intrigante em meio à agitação da cidade de Shibuya. Seus cabelos castanhos dourados e olhos de um raro tom ciano-esverdeado a tornavam uma presença marcante, quase hipnotizante, em meio à multidão.
Porém, por trás dessa aparência única, Taiga carregava um fardo pesado. Proveniente de uma família extremamente religiosa, ela sempre se viu presa entre suas próprias aspirações e as expectativas de seus pais. O emprego que acabara de deixar, apesar de pagar muito bem, estava lhe causando crises de ansiedade intensas.
O dinheiro desse trabalho era essencial para Taiga. Não apenas para ajudar nas despesas de casa, mas também para financiar seu sonho de cursar a faculdade de Psiquiatria. Ela aspirava a ajudar outras pessoas, a compreender a mente humana e suas complexidades, em um esforço para encontrar o equilíbrio que tanto lhe faltava.
Agora, com a demissão, Taiga se via diante de uma encruzilhada. Seus pais, profundamente religiosos, provavelmente não aprovariam sua decisão de deixar um emprego estável para seguir seus próprios caminhos. Eles esperavam que Taiga se dedicasse integralmente à família e à fé, abandonando seus sonhos pessoais.
Mas Taiga, apesar da pressão, sabia que precisava tomar as rédeas de sua vida. Ela reconhecia que aquele emprego, por mais bem remunerado que fosse, estava minando sua saúde mental e seu bem-estar. Era preciso fazer uma escolha difícil, mesmo que isso significasse enfrentar a desaprovação de sua família.
Um tapa estalado era o que foi ouvido naquele momento, seu pai era o Pastor da igreja e naquele instante havia deferido um tapa em seu rosto, fazendo-a cair no chão de joelhos totalmente chocada.
— Você é uma desolação para a minha família — ele diz em um rosnado — Você não bateu no peito e disse que seria uma mulher do mundo? Que queria ser independe? E agora você me volta aqui e tem coragem de dizer que pedi demissão?
— Era um lugar muito tóxico, eu nao estava mais aguentando — ela sussurrou
— POIS DEVERIA TER AGUENTADO! — Gritou deferindo outro tapa em seu rosto — Sua mãe nunca precisou trabalhar, A mulher tem que fazer coisa de mulher como diz a bíblia. Ela tem que ser mulher, mãe e esposa, estar lá quando o marido precisa.
— Entendo…— ela sussurrou
— Va para seu quarto e não saia.
Taiga se levantou e foi para o quarto no segundo andar, porém ela trancou a porta com a chave e o trinco, para então passar outra tranca apenas por precaução.
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Tiger's Love - Kazutora Hanemiya
Fanfiction"Seus olhos brilhavam como chamas na escuridão, e seu rugido ecoava como um chamado primal, despertando a fera que havia dentro de mim."