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Assim que ele passou pela cortina, Taiga engoliu em seco, sentindo um frio na barriga que misturava ansiedade e expectativa. Draken havia mencionado que era para entreter um convidado importante, mas a situação tomou um rumo inesperado quando ela avistou a tatuagem de tigre no pescoço dele, um símbolo que a fez questionar se estava realmente pronta para o que estava prestes a acontecer.
Os olhos dele a seguiram com atenção, cada movimento seu era observado com uma intensidade que a deixava nervosa. As sobrancelhas dele se franziram, como se ele estivesse tentando entender o que estava se passando na mente dela. Taiga, por sua vez, começou a puxar a alça vermelha da camisola, passando-a lentamente pelo ombro. O gesto, embora simples, parecia carregado de significado, e ela repetiu o movimento com a outra alça, sentindo a tensão no ar aumentar.
Quando finalmente ficou apenas de lingerie, Taiga percebeu que a peça era minúscula, quase não cobrindo nada, e isso a fez sentir uma onda de insegurança. O que ela estava fazendo? A dúvida a assaltou, mas, lembrando das instruções de Draken e Emma, ela se forçou a agir. Com um impulso, puxou a mão dele e o fez se sentar no sofá de couro, que parecia frio sob a pele dela.
As mãos dela tremiam levemente, mas ela se posicionou sobre o colo dele, passando as pernas de cada lado, criando uma conexão íntima que a fazia sentir-se vulnerável e poderosa ao mesmo tempo. Enquanto se acomodava, começou a tirar a blusa, um gesto que deveria ser sedutor, mas que para ela parecia desajeitado e confuso. Ela não sabia exatamente o que estava fazendo, e a sensação de estar sendo observada intensificava sua insegurança.
O olhar dele, embora fixo e intrigado, também parecia entender a hesitação dela. Ele não a pressionava, mas a presença dele era inegavelmente dominadora. Taiga sentiu que, apesar de toda a sua insegurança, havia algo ali que a atraía, um magnetismo que a fazia querer se entregar, mesmo sem saber ao certo para onde tudo aquilo a levaria.
As mãos de Taiga passearam delicadamente sobre os músculos do abdômen dele, sentindo a firmeza e a definição de cada contorno. A intensidade do olhar felino de Kazutora a observava, como se ele estivesse absorvendo cada movimento dela, cada toque que ela proporcionava. A tensão no ar era palpável, e a conexão entre eles parecia eletricamente carregada.
Com um impulso de confiança, Taiga começou a beijar seu pescoço, seus lábios deslizando suavemente pela pele dele, descendo até o peito. Cada beijo era um convite, uma exploração, enquanto ela se deixava levar pela mistura de desejo e curiosidade. As mãos dela, extremamente macias, contrastavam com a dureza dos músculos dele, e isso a fazia sentir-se poderosa, como se estivesse despertando algo adormecido nele.
Kazutora, após dezoito anos preso e sem qualquer toque de uma mulher, começou a sentir uma onda de excitação tomar conta dele. O contato dela era como um bálsamo para sua alma, um alívio para a solidão que o acompanhara por tanto tempo. Ele sentia cada movimento, cada beijo, como se fosse uma redescoberta de sensações que ele pensara ter esquecido. A suavidade das mãos dela o deixava em um estado de vulnerabilidade e desejo, fazendo com que ele quisesse aprofundar aquele momento.
O coração dele disparava, e a mistura de emoções o deixava atordoado. Ele queria mais, desejava explorar não apenas o corpo dela, mas também a conexão que estava se formando entre eles. A atmosfera estava carregada de promessas, e Kazutora se permitiu relaxar, deixando-se levar pela intensidade do momento, enquanto Taiga continuava a traçar seu caminho de descobertas sobre ele.
Mas algo o fez voltar a realidade, quando sua voz ressoou:
— Você nunca fez isso?
— Isso…o quê? — ela murmurou confusa.
Ele suspira bem pesado ainda com ela no colo e se levanta tirando ela dali.
— Se veste!
Ela coloca as roupas rápido com medo achando que não agradou ele, mas antes que ela conseguisse sair ele para ela.
— Por que você tá nesse lugar? Tentando fazer isso? Tá se vendendo porque?
— Eu comecei hoje, Draken me disse que uma noite seria o suficiente para eu conseguir pagar a mensalidade atrasada da minha faculdade — Ela disse arrumando novamente a camisola e o olhando — fiz algo errado que não agradou você? Olha Emma me mostrou tudo, eu posso fazer.
— Meu deus — Suspira tentando não se irritar, a língua passa no interior da bochecha enquanto ele evita olhar pra ela com a camisola, tinha passado tempo demais longe de uma mulher — Vai pra casa! Sai daqui e nunca mais volta num lugar como esse, entendeu?! — Falou com a voz séria.
Taiga não espera um segundo comando e apenas sai da sala, ela não entendia. Tinha feito tudo o que Emma disse, então por que ele a rejeitou? O que havia feito de tão errado? Ela não perdeu mais nenhum segundo e colocou suas roupas normais e saiu da casa sem dar satisfação pra ninguém.
Seus olhos continham lágrimas não derramadas, o que faria agora? Como iria pagar sua faculdade se a única coisa que ela podia fazer não conseguiu fazer.
