Meu Refúgio (Chaennie/Lisoo)

Foi a coisa mais difícil que já fiz

Leiam as notas finais

POV Lingling Kwong

Eu e Rosé estamos paradas em frente ao apartamento onde sabemos que Faye está, usando coletes a prova de balas e carregando armas pesadas.

Ouço Orm dizer "Agora" pelo ponto eletrônico e Rosé dá um chute potente derrubando a porta do quarto.

Faye está sentada na cama, rodeada de dinheiro e com cara de tristeza.

-Bem vindas meninas. - Diz calmamente. - Eu sabia que no fim de alguém me pegasse seria vocês.

-Acabou Faye. - Rosé diz com a mesma calma. - Mãos na cabeça.

A mulher na cama faz o que foi mandada, parece que ela mesma não é capaz de machucar a gente.

-Só deixem a Yoko fora disso. Ela não fez nada.

Nesse momento a porta do banheiro se abre e Yoko sai, ela trava ao nos ver e então vejo seus olhos se arregalarem. Ela estende a mão pra cômoda ao seu lado onde tem uma arma e sem pensar atiro, atingindo ela no ombro e a derrubando no chão.

-NÃO. - Faye grita.

Nesse momento ela pega uma arma que tinha embaixo do travesseiro, ela dispara e vejo Rosé cair. Outro tiro é disparado, sinto minha perna ser atingida, mas Faye está se levantando e mirando a arma em Rosé.

Disparo duas vezes. Uma em seu braço a fazendo largar a arma, a outra em seu ombro a derrubando. Yoko está no chão usando a mão esquerda pra segurar a arma e corro sentindo fisgadas na perna, mas dou um chute que tira a arma da sua mão.

Recolho a arma mas quando me viro Faye está em pé, vindo na minha direção, não quer machucar ela ainda mais, mas não há saída. Ergo a perna machucada e chuto o ferimento em seu ombro, depois acerto seu rosto a fazendo desmaiar.

Yoko chora desesperada do chão.

-Porque? Porque fizeram isso?

Corro até Rosé e sento colocando a cabeça cabeça dela em meu colo. Tento falar pelo ponto mas parece que ninguém me escuta e então pego o rádio.

-Orm, eu preciso de uma ambulância. Rápido. A Rosé foi atingida.

Outros agentes estão entrando no quarto, reconheço como sendo da equipe 73, Lookkmhee deve ter as deixado de aviso. Não recebo responta do rádio e vejo a lateral da cabeça de Rosé sangrando profundamente.

-Rápido Orm. Ela tá perdendo muito sangue. Rápido.

-Ambulância a caminho. - Vem a resposta do rádio. Posso notar o tom de choro na voz de Orm a quilômetros de distância.

Alguns agentes algemaram a Yoko e a Faye que tá recobrando a consciência.

-Rosé por favor, por favor acorda. - Pego parte do lençol que está caído e pressiono, não sinto nada além de um desespero gigante. - Por favor. - As lágrimas começam a cair, isso não pode acontecer. - Por favor Rosé.

A culpa me invade de uma forma que nunca senti. A Rosé precisa ficar bem, ela precisa.

Os paramédicos chegam e logo me afastam de Rosé, dois deles começam a prestar os primeiros socorros a ela enquanto outro avalia minha perna.

-Acho que tá alojada, vai precisar de uma cirurgia.

Mas eu só choro, afinal não consigo me preocupar comigo só com Rosé que precisa estar bem.

-Esse aqui foi de raspão. - Diz um paramédico que está atendendo a loira. - Precisamos verificar se fraturou o crânio, mas acho que ela vai ficar bem.