Entre Linhas e Olhares

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Maiara

Chegamos ao Parque do Ibirapuera ainda de manhã, e o clima estava perfeito. O sol não estava forte demais, e uma brisa leve soprava, balançando as folhas das árvores. Caminhamos lado a lado, sem pressa, admirando o verde ao redor. O parque tinha essa energia tranquila, e por algumas horas, eu me permiti deixar de lado toda a pressão da carreira, dos compromissos e das expectativas.

Matheus estava ao meu lado, calmo, em silêncio. De vez em quando, ele me olhava e sorria de um jeito que me fazia sentir como se fôssemos as únicas pessoas no mundo. Paramos em um dos lagos, observando os patos nadando, e sem pensar muito, me encostei nele, sentindo o calor do seu abraço e o conforto que ele me trazia.

Passamos o resto da tarde assim, andando, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, rindo de coisas bobas, como se fôssemos dois adolescentes de novo. Com ele, o tempo parecia passar diferente, mais devagar e com mais significado.

Quando o sol começou a se pôr, nos demos conta de que havíamos passado o dia inteiro ali. Voltamos para o hotel cansados, mas com o coração cheio. Entramos no quarto e trocamos olhares, aquele tipo de conexão que nem precisava de palavras para ser entendida.

Matheus

Assim que chegamos de volta ao hotel, percebi que estávamos exaustos, mas com aquela sensação boa de quem teve um dia tranquilo e especial. Olhei para Maiara e sorri, vendo-a se jogar na cama como se o dia tivesse sugado cada gota de energia dela.

— O dia foi ótimo, né? — comentei, ainda sorrindo, enquanto pegava o celular para dar uma olhada nos restaurantes próximos. — Mas acho que não terminamos ainda. O que acha de irmos jantar? Conheço um restaurante aqui perto que acho que você vai gostar.

Ela me olhou, surpresa, talvez esperando que eu quisesse só pedir algo no quarto para descansar. Mas eu queria mais um pouco desse tempo com ela, um momento para prolongar esse dia que parecia perfeito demais para acabar agora.

Maiara

Ao ouvir a ideia do jantar, senti uma animação instantânea me invadir. Depois de um dia tão especial ao lado do Matheus, a ideia de terminá-lo com um jantar parecia perfeita.

— Sério? Um jantar? — perguntei, já com um sorriso largo no rosto. — Então me dá só um tempinho, vou tomar um banho e me arrumar rapidinho!

Levantei-me da cama com um pique que nem sabia que ainda tinha, indo direto para o banheiro. Essa noite parecia ter algo especial.

Matheus

Não consegui evitar o sorriso que surgiu no meu rosto ao ver a animação dela. A Maiara parecia uma criança ansiosa, e isso só me fazia rir feito bobo. Ver essa alegria dela, essa energia renovada, me deixava com a sensação de que tudo valia a pena.

— Você realmente se anima com tudo, né? — falei, rindo, enquanto a observava correndo para o banheiro.

Encostei-me na parede, ainda rindo sozinho, pensando em como aqueles pequenos momentos ao lado dela me traziam uma felicidade simples, mas que me preenchia por inteiro.

Ainda encostado na parede, ouvi a voz de Maiara vinda do banheiro:

— Ei, Matheus! Acha que eles vão dar desconto no restaurante se eu chegar com cara de exausta? Porque, olha, depois desse dia, tô precisando! — ela brincou, soltando uma risada.

Soltei uma gargalhada, balançando a cabeça. Só a Maiara pra pensar numa coisa dessas!

— Olha, quem sabe, né? Se não der desconto, pelo menos vai ser divertido ver a sua atuação! — respondi, rindo.

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