Capítulo 15 - Traços do Sentimento

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Minho acordou lentamente, sentindo um calor reconfortante ao seu lado. Ele piscou algumas vezes, tentando ajustar-se à luz que entrava pela janela. A sensação de estar descansado apesar de ter dormido no sofá era rara. Quando seus olhos finalmente focaram, ele percebeu o motivo.

Jisung estava deitado ao seu lado, com a cabeça descansando levemente sobre seu peito. Sua expressão era serena, os lábios entreabertos pelo peso das bochechas gordinhas e a respiração calma faziam com que parecesse quase angelical. Minho sentiu uma onda de sentimentos ao observá-lo dormir profundamente.

Minho ficou ali por alguns minutos, admirando a beleza e tranquilidade de Han, quase hipnotizado por aquele momento. Cada detalhe de Jisung, desde os fios de cabelos bagunçados até a maneira como seu nariz ligeiramente se enrugava enquanto dormia, fazia Minho se sentir cada vez mais atraído por ele, Jisung era perfeito aos seus olhos.

Com um suspiro suave, Minho sabia que precisava levantar, mesmo que parte dele quisesse prolongar aquele momento por tempo indeterminado. Ele moveu-se lentamente tomando cuidado para não acordá-lo abruptamente. Com uma das mãos, começou a acariciar delicadamente o cabelo macio de Jisung, sentindo os fios deslizarem entre seus dedos.

— Jisung — murmurou com uma voz baixa e suave, quase um sussurro. — Ei, está na hora de acordar.

Jisung franziu levemente o cenho, mas não abriu os olhos. Minho sorriu diante da visão adorável. Continuou a acariciar o cabelo de Jisung, desta vez permitindo que seus dedos deslizassem até as bochechas do garoto, traçando suavemente o contorno de seu rosto.

— Jisung, vamos lá dorminhoco, precisamos levantar — chamou novamente, um pouco mais alto dessa vez.

Jisung franziu o cenho novamente e, ainda dormindo, se aconchegou mais em Minho, passando um braço ao redor dele abraçando-o na cintura e se agarrando ali. Minho sentiu um aperto no peito ao perceber como aquele gesto involuntário o deixou tão próximo do outro, seu coração batia freneticamente, ele sorriu e tentou novamente.

— Jisung, acorda — chamou mais uma vez, tirando os cabelos de Jisung que cobriam o rosto.

Os olhos de Jisung se abriram lentamente, piscando tentando se localizar. Ele pareceu confuso por um momento, antes de seus olhos focarem em Minho. Um sorriso sonolento apareceu em seu rosto, mas logo foi substituído por uma expressão de surpresa e constrangimento quando ele percebeu que estava abraçando Minho.

— Minho! — Jisung exclamou, afastando-se rapidamente e se sentando no sofá, os olhos arregalados. — Desculpe, eu não sabia que tinha dormido aqui.

— Tudo bem, eu ia te acordar mas acabei dormindo também — disse, em meio a um riso soprado.

— Nossa, que horas são? Eu... preciso ir — Jisung levantou-se e apressadamente começou a pegar seus pertences. — Tenho umas coisas do curso pra resolver hoje.

Minho levantou-se também tocando suavemente o braço de Jisung para chamar sua atenção.

— Jisung — disse carinhosamente, olhando nos olhos do outro. — Pode vir de novo mais tarde?

Jisung parou por um momento, olhando para Minho com uma mistura de surpresa e alívio. Ele assentiu devagar, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

— Claro, eu volto mais tarde, até depois Minho — Jisung sorriu para ele, e em seguida saiu rapidamente pela porta.

Minho sentou-se novamente no sofá, pensando no que havia acabado de acontecer. Sentia um frio na barriga toda vez que pensava no abraço involuntário de Jisung ou de como ele adormeceu encostado em si. Jisung voltaria mais tarde e Minho estava em dúvida se deveria ou não revelar seus sentimentos.

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