Take Me To Church | Minsung

Capítulo 9 - Dúvidas e Sentimentos

Era quase hora do almoço e Minho se encontrava no café finalizando seu expediente. O movimento era baixo e apesar de ser manhã, o dia lá fora era escuro e nublado. Minho olhou para seu celular visualizando as diversas mensagens que enviou para Jisung nos últimos dias, mas que não obteve nenhuma resposta.

Enviou mensagens agradecendo por sua visita no outro dia, também perguntou se estava tudo bem, outra vez mandou um bom dia e boa tarde no mesmo dia, mas nada do outro responder. Aquilo já estava o preocupando, o que poderia ter acontecido? Será que tinha feito algo errado? As dúvidas pairavam em sua mente como sirenes.

Chris viu Lee debruçado na bancada passando o dedo pela tela do celular, para cima e para baixo, como se estivesse esperando algo diferente acontecer. Não pôde deixar de dar uma espiada no que estava deixando o outro com um semblante tão sério.

— Ele não te responde? — disse sussurrando, próximo ao ouvido de Minho.

— Ahhh, o que? Puta merda, que susto você me deu — exclamou barulhento, colocando a mão sobre o peito e Chris caiu na gargalhada. — É, ele não me responde. Agora vai cuidar da sua vida, vai.

— O que você fez pra ele, hein? — indagou, ficando ao lado de Minho.

— Nada... Não vejo ele a dias também — murmurou chateado, bloqueando o celular em seguida.

— Porque não vai ver ele na igreja? Ele vai pra lá quase todos os dias — deu de ombros.

— Eu deveria? E se ele tiver me evitando depois de ver a bagunça que eu sou? — riu tristonho, jogando os cabelos para trás.

— Não sei. Mas se você quer ver ele, deveria seguir seu coração — olhou de soslaio para Minho, com um sorriso malicioso.

— Não começa — revirou os olhos e deu um soquinho no ombro de Chris. — Vou passar por lá, talvez eu o encontre.

Minho finalizou seu expediente após atender umas duas pessoas. Foi caminhando em direção a igreja, olhou para o céu e ficou preocupado pois o tempo estava carregado e estava sem nenhum guarda-chuva com ele, a qualquer momento um dilúvio cairia.

Quando conseguiu visualizar a igreja viu que Jisung e Jeongin estavam próximos a entrada conversando. Logo Jeongin se despediu de Han indo embora enquanto o outro ficou lá. Minho então aproximou-se.

— Oi, Jisung! — disse num tom amigável. — Estava passando por aqui e resolvi dar um oi.

— Minho... Oi — respondeu assustado, tentando esconder o nervosismo.

— Está tudo bem? Não nos falamos a um tempo, você também não respondeu minhas mensagens — disse Minho, percebendo a hesitação do outro em olhá-lo.

— Estou muito ocupado Minho, muita coisa pra resolver. Não estou com tempo pra você agora — respondeu friamente, e Minho sentiu a rejeição como um golpe.

Minho ficou sem palavras por alguns segundos, contraiu o cenho e encarou-o intensamente, enquanto o outro desviava, engoliu seco e soltou uma arfada fazendo Jisung o olhar de volta.

— Desculpe te atrapalhar, Han Jisung — disse firme, estava claramente chateado e Jisung percebeu sua decepção.

Minho saiu logo em seguida, passando ao lado de Jisung sem esperar nada do outro, sentindo uma angústia incomum, seu peito pesava e um bolo se formava em sua garganta. Claramente foi ignorado a semana toda, e agora isso. Foi para casa o mais rápido que pôde, só queria ficar longe.

Assim que chegou em casa, a chuva caiu como nunca, o barulho da chuva ecoava por toda sua casa, batia nas janelas com agressividade, mas, pelo menos tinha chegado em casa antes disso. Sentou-se no sofá e olhou seu celular, que ao desbloquear estava nas mensagens com Jisung. Com um suspiro profundo, jogou seu celular de lado. Será que fiz alguma coisa? ou foi por ele ter que ter vindo aqui na minha casa me tirar do meu próprio buraco? Não conseguia parar de tentar procurar um motivo plausível para isso, aquilo estava o matando.