A noite foi no auge da festa de encerramento das Olimpíadas. O salão estava repleto de atletas de todas as modalidades e nacionalidades, celebrando uma grandiosa experiência olímpica. A seleção de vôlei feminina do Brasil estava por lá, animada, comemorando e aproveitando o momento. Mas em um canto da pista, algo estava chamando a atenção de Carolana.
S/N, a namorada de Carolana, estava em uma conversa animada com uma atleta turca, Baladin. Carolana já havia notado que, durante o torneio, Baladin parecia sempre procurar a companhia de S/N, lançando olhares e sorrisos que não passavam despercebidos. E agora, em meio a essa festa, Baladin parecia ainda mais direta em seus interesses. Ela ria com facilidade, colocando a mão no braço de S/N com uma frequência que Carolana julgava... desnecessária.
De onde estava, Carolana sentiu o incômodo crescer ao ver a maneira como Baladin encostava em S/N, tocando-lhe o ombro, deslizando a mão pelo braço da brasileira e até ajeitando uma mecha de cabelo que caíra no rosto dela. Cada gesto Carol fazia ela apertar os punhos, tentando disfarçar o ciúme. Do lado dela, Gabi e Thaísa notaram a expressão de Carol e logo se entreolharam, segurando risinhos.
— Ihhh, parece que o clima aqui tá esquentando! — sussurrou Gabi, divertida, enquanto olhava para Carolana com um sorriso de canto.
— Acho que a nossa central quer ir lá marcar território, hein? — brincou Thaísa, cutucando Carolana e provocando-a.
Carolana lançou um olhar firme para as duas, como se estivesse negando, mas seu rosto denunciava claramente o ciúme que a consumia.
— Eu estou tranquila, gente. Ela sabe muito bem com quem está — respondeu Carol, tentando manter a compostura. Mas, no fundo, o incomodo só aumentava cada vez que via Baladin rindo alto e tocando S/N.
Até que, após mais um toque intencional no braço de S/N e um sorriso insinuante da turca, Carolana decidiu que já tinha visto o suficiente. Ela respirou fundo, lançou um olhar decidido e foi até onde S/N e Baladin estavam, interrompendo uma conversa com uma presença firme e segura. Sem dizer uma palavra, Carol entrelaçou sua mão na de S/N e a deixou suavemente, mas de maneira clara, afastando-a da jogadora turca.
S/N, percebendo imediatamente o ciúme da namorada, não conseguiu evitar um sorriso malicioso ao ser "resgatada" por Carolana. Quando elas se afastaram o suficiente, S/N virou-se para Carol e, com um olhar brincalhão, provocou:
— Então... você realmente estava com ciúmes, né? — Disse S/N, um brilho divertido no olhar.
Carolana tentou disfarçar, mas o leve rubor nas bochechas e o sorriso contido entregavam que, sim, ela tinha ficado incomodada.
- eu? Com ciúmes? — ela bufou, fingindo indiferença. — Eu só achei que vocês estavam... "conversando demais".
S/N riu, segurando a mão dela e balançando-a de leve.
— Ah, é? Eu achei que era só uma conversa normal... você sabe, atletas trocando ideias e tal. Ou será que você ficou com medo da Baladin roubar meu coração? — provocado S/N, piscando.
Carolana revirou os olhos, mas no fundo, a brincadeira a deixou meio emburrada. Ela cruzou os braços e lançou um olhar refinado para a namorada.
— Medo? Não se iluda. Se você ousar dar papo pra ela de novo, vai ver o que é bom! — Carol falou, fingindo um tom sério, mas sem esconder o sorriso de canto.
S/N soltou uma risada, adorando a possessividade de Carol.
— Nossa, amor, é uma "ameaça" isso? — falou S/N, aproximando o rosto de Carolana, que agora tentava não sorrir.