Gabi Guimarães e Marina Lubian

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A festa de encerramento das Olimpíadas era um evento exclusivo, repleto de luzes cintilantes, música alta e um brilho constante de alegria e celebração. Atletas de todas as modalidades se reuniam para festejar suas conquistas, mas também para relaxar, longe das expectativas e do estresse que haviam sido impostos durante os dias intensos de competição.

Para Gabi, Lubian e S/n, porém, aquele evento representava mais do que apenas uma celebração da vitória esportiva. Era também um momento de se distanciar um pouco da pressão externa e se concentrar em si mesmas. As três, embora apaixonadas por seus respectivos esportes, estavam ali para curtir a companhia umas das outras e para celebrar o vínculo que compartilhavam, um vínculo que já se fortalecia há meses.

S/n, com um conjunto de saia longa preta e um cropped branco, era como uma estrela em meio àquelas luzes. Seu estilo era simples, mas sofisticado, e sua postura exalava uma confiança que atraía os olhares de todos ao seu redor. Mas havia algo mais ali – algo que Gabi e Lubian notavam com crescente preocupação: os olhares das pessoas.

Desde o momento em que entraram no salão, o trio passou a ser observado com curiosidade e fascínio, e, a cada passo que S/n dava, os olhos dos presentes pareciam segui-la como se ela fosse o centro do universo. Gabi e Lubian trocavam olhares furtivos, suas mentes não estavam na festa em si. Estavam focadas em S/n, cada vez mais envolvida na atmosfera que girava ao seu redor.

Lubian inclinou-se para Gabi, seus olhos escaneando o ambiente com a intensidade de quem analisava o adversário em uma partida decisiva.

— Será que todos aqui precisam saber que a S/n é nossa?

— Acho que só com palavras não vai adiantar — respondeu Gabi, cruzando os braços, mas mantendo o tom calmo. — E eu já estou perdendo a paciência com alguns desses olhares.

S/n percebeu o murmúrio entre as duas e virou-se, sorrindo.
— Vocês estão falando de mim, não estão?

— Estamos falando sobre como você está... gostosa demais com essa roupa — respondeu Gabi, sua expressão suavizando ao encontrar os olhos de S/n.

— E sobre como algumas pessoas não sabem disfarçar quando olham para você — completou Lubian, lançando um olhar de aviso para um grupo próximo.

S/n riu, claramente se divertindo com o ciúme das duas.
— Vocês duas precisam relaxar. É só uma festa.

— É uma festa cheia de gente que parece achar que pode ter uma chance com você — rebateu Lubian, cruzando os braços.

— Ninguém aqui tem — acrescentou Gabi, com firmeza. — E vamos garantir que saibam disso.

S/n suspirou, mas seu sorriso permaneceu.
— Vocês são impossíveis. Vou buscar algo para a gente beber. Volto já.

Enquanto ela caminhava em direção ao bar, os olhares a seguiam como se ela fosse a única luz em um ambiente escuro. Lubian fechou a mão em punho, claramente incomodada, mas Gabi colocou a mão no ombro dela.

— Calma, Lu. Ela sabe lidar com isso.

— Não gosto de ver como essas pessoas olham para ela, Gabi. Parece que estão tentando roubar algo que é nosso.

Gabi suspirou, mas concordava internamente.
— Se alguém tentar, vai descobrir rapidinho que escolheu a briga errada

Mas, ao contrário do que Gabi sugeria, a preocupação de Lubian só aumentava. Ela sabia que S/n era incrível, e, por mais que tivesse total confiança nela, o modo como algumas pessoas olhavam para a sua namorada mexia com seu instinto protetor

S/n, que havia se afastado um pouco para pegar bebidas, sentiu o clima estranho enquanto caminhava em direção ao bar. Era impossível não perceber como os olhares de alguns homens pareciam fixos em seu corpo, como se não houvesse mais nada ao redor. Mesmo em um evento cheio de estrelas do esporte, ela parecia ser o único centro de atenção.

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