Foi uma noite cheia de expectativas no ginásio lotado. O Conegliano enfrentou o Milano em uma partida que prometia ser eletrizante. Para s/n, irmã mais nova de Gabi, essa noite era especial. Ela jogava como oposta no Milano, enquanto sua irmã brilhava no Conegliano ao lado de estrelas como Isabelle Haak.
S/n sempre foi discreta, mas guardava um segredo há anos: tinha uma paixão incontrolável por Haak. A sueca não era apenas uma jogadora incrível, mas também uma pessoa cujo jeito sereno e determinado fascinava s/n. Apesar disso, ela nunca teve coragem de se aproximar ou confessar seus sentimentos, temendo tanto uma oculta quanto às implicações dentro do universo do vôlei.
As duas equipes estavam se aquecendo antes do jogo, e o clima entre s/n e Gabi era de provocação mútua, como sempre. S/n, equipamentos no aquecimento do saque, tentava ignorar os olhares travessos de sua irmã mais velha, que estava claramente acessível algo.
- Ei, s/n! Você já se preparou psicologicamente pra perder hoje? Quer que eu te empreste o meu ombro pra chorar depois?- gritando do outro lado da quadra
- Parece que alguém aqui esqueceu que eu saquei na sua cabeça no último treino da seleção. Quer que eu repita hoje?- revirando os olhos e cruzando os braços
-Olha só, a caçulinha ficou valentona! - rindo alto e andando em direção à rede- Será que é porque quer impressionar alguém do outro lado?- fazendo um gesto sutil em direção a Haak, que estava equipado do lado de Conegliano.
- corando visivelmente- Gabi! Cala a boca!- ela atira a bola na direção da irmã, mas Gabi desvia facilmente, gargalhando.
-Ah, estou vendo que toquei num ponto sensível! Você sabe que a Isabelle tá de olho, né? Melhor caprichar, ou vai dar ruim pra sua recompensa!
- Eu não acredito que você está falando isso aqui, na frente de todo mundo!- olhando nervosamente para o lado de Haak, que, para seu azar, percebe o movimento e dá um pequeno sorriso
- Relaxa, irmã. Só vou te ajudar a se destacar. Quem sabe assim ela resolve te notar de vez.- dando de ombros com um sorriso travesso
-Se você não calar a boca agora, eu juro que te deixo no chão com um bloqueio!
rindo ainda mais alto- Tá bom, tá bom, vou parar... mas só porque sei que você tá tremendo aí de nervoso. Boa sorte, irmãzinha. E lembra: se errar feio, eu nunca vou esquecer!- ela pisca e volta para o lado do Conegliano, ainda se divertindo com a ocorrência da irmã.
S/n balança a cabeça, tentando focar no jogo, mas a risada de Gabi ecoava em seus ouvidos. Definitivamente, ter uma irmã mais velha no momento adversário era um desafio extra.
O aquecimento havia terminado e eu estava na lateral da quadra enquanto o treinador revisava as últimas instruções. Eu conversava com Paola Egonu, que estava animada e fazia piadas para aliviar a tensão do pré-jogo. Mesmo com todo o barulho ao redor, nossa conversa fluía bem; Paola sempre tinha um jeito de me fazer rir.
— E aí, S/n, pronta pra dar uma surra na sua irmã hoje? — ela disse, com aquele sorriso malicioso típico dela.
Eu ri também, tentando ignorar o nervosismo que sempre vinha quando enfrentava o Conegliano — não só por causa de Gabi, mas por motivos muito mais complicados.
— Sempre, né? Se eu não bloquear a Gabi pelo menos uma vez, ela nunca vai me deixar em paz. – Respondi, rindo. mas minha mente estava longe dali. Meu olhar, quase que involuntariamente, buscou uma certa sueca do outro lado da quadra. Isabelle Haak parecia completamente focada no aquecimento, e mesmo assim, ela conseguia me distrair só por existir.
Foi então que senti algo inesperado. Dois braços envolveram minha cintura por trás, e meu corpo congelou por um segundo. Alessia Orro.
O abraço dela era familiar, mas não deixava de ser desconfortável, especialmente agora, com Paola nos observando com um sorriso que deixava claro que ela sabia mais do que deveria.