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E com o seu cabelo de sereia e seus dentes tão afiados
Você rastejou para fora do mar para partir o coração daquele marinheiro

— Florence + The Machine  




Existia uma viagem melhor que a Suíça?

Maid amava a Suíça!

Ela gostava de passar horas na gigantesca varanda, degustando um ótimo vinho e observando as belas montanhas com picos de gelo. Costumava pensar em absolutamente nada, apenas respirando o ar frio que a deixava arrepiada e de nariz vermelho.

A Suíça era tudo que ela queria naquele instante.

Longe o suficiente do seu país, e de todos que a cercavam.

Encarar Chad não era nada comparado a Joe Burrow. E aquela analise certamente faria com que o loiro se gabasse. Felizmente, não diria em voz alta para que ouvisse.

— Vai sair?

Maid não levaria nada, porque Chad era rico o suficiente para lhe comprar roupas apropriadas antes de deixar o aeroporto. Seria no mínimo loucura levar as bagagens cheias biquínis.

— Tenho um compromisso.

— No Havaí? – Joe a encarou cético, tentando não rir da situação.

Bom, ela não conhecia ninguém no Havaí, mas tinha conhecidos na Suíça. O mesmo valia em Cincinnati. Maid nunca foi de ter amigos ou amigas. Por muitos anos teve Brock, e talvez tenha dependido tanto dele que se apaixonou naturalmente. Depois veio Chad, e sua vida alucinante, repleta de possibilidades, com pessoas cultas de pensamentos livres.

Mas amigos? Não, nenhum amigo para Maid.

— Sim, tenho uma amiga querida que mora aqui, não posso? – mentiu tentando parecer confiante e despreocupada.

Joe manteve o olhar divertido, duvidando de cada palavra.

— Eu quero me desculpar, por ontem à noite. – murmurou com falso galanteio que a fez revirar os olhos no mais puro tédio.

— Suas desculpas não me valem de nada!

— Imaginei que dissesse isso. – tirou do bolso a chave do carro que comprou – Por isso quero que tudo fique em paz entre nós. Você gostou tanto da Aston Martin, que quero lhe dar.

Maid olhou do loiro para a chave que ia e vinha em seu dedo, completamente hipnotizada.

Uma Aston Martin, toda dela?

Não fazia sentido.

— O que você quer em troca? Não vamos transar, porque não sou prostituta.

— Eu quero paz! Entre nós.

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