Ter azar no jogo e no amor era o cúmulo do absurdo, porém Maid tinha o talento para ferrar com tudo. Não bastava ter dez dedos podres, ela simplesmente poderia ter vinte. Todas as suas últimas escolhas foram questionaveis. Acreditava que cometer err...
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Garotas bonitas não causam drama, a não ser que a gente queira, vai depender do dia
— Jennie
Em um mundo perfeito ela ainda possuía dados moveis. Maid não estava acreditando que seu pai restringiu absolutamente tudo, tornando-a uma ninguém. Como ele queria mostrar independência financeira se ela não tinha dinheiro nem pra comprar uma casquinha? Estava zerada. Todos os seus cartões foram cancelados, e foi um choque receber o aviso do banco depois de tentar comprar uma caneca rosa com orelhas de gato.
Era o fim dos tempos.
Precisava cair nas graças do pai o mais rápido possível, porque o tempo de renovar a assinatura da HBO estava acabando, e ela precisava assistir mais uma cena do Matt Smith de cabelo branco.
De qualquer maneira, aquele estava sendo o segundo grande dia de trabalho de Maid. Um momento grandioso na vida de qualquer pessoa. Bom, ainda era obrigada a usar poliéster e afundar o salto na grama.
Em breve leria todas as novas revistas que chegaram naquele mês, e isso era ruim, porque não haveria mais o que fazer no próximo mês. Talvez tentasse encontrar os livros antigos que escondeu no sótão por vergonha. Chad não estava mais por perto para rir dos seus gostos literários.
— Vai vim sempre?
Olhou na direção da voz, piscando os longos cílios para um dos jogadores do Bengals.
Eles não estavam no estádio. O que era um horror na concepção de Maid, porque não havia o que observar naquele pequeno espaço. As animadoras de torcida não arriscaram tudo naquela troca de ambiente sem fundamente. Mais teve que trocar de blusa dentro do carro, correndo o risco de ser vista.
— Você é...
— Tee Higgins, receiver.
— Seu sobrenome é receiver? – torceu a boca.
— É o que? – olhou-a de cima em baixo, sem acreditar no que ouvira.
— Que tipo de sobrenome é esse?!
Tee olhou ao redor, até finalmente reencontrar os olhos azuis de Maid. Ela estava nitidamente em choque. Já tinha ouvido sobrenomes diferentes, mas aquele tinha vencido todos os outros. Higgins fez contato visual com outro jogador.
— Oh Jermaine, ela acha que meu sobrenome é receiver.
— Receiver?
— A porra do receiver.
— Vocês estão me zoando? – Maid perguntou começando a se irritar com os sorrisos trocados e palavras sem sentido.
— Você é filha do Zac Taylor e não sabe o que é receiver. Estou te zoando pra caramba! – Tee riu. Maid decidiu que não iria hidratar aqueles dois idiotas naquela manhã. — Por acaso sabe o que seu namorado faz?
