Ter azar no jogo e no amor era o cúmulo do absurdo, porém Maid tinha o talento para ferrar com tudo. Não bastava ter dez dedos podres, ela simplesmente poderia ter vinte. Todas as suas últimas escolhas foram questionaveis. Acreditava que cometer err...
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Espero que você se enforque na sua echarpe da H&M Enquanto se masturba ouvindo Mozart
— Katy Perry
Mermaid gostava de pensar que Cincinnati era a versão que deu errado de New York, porque eles tinham uma ponte belíssima para ligar a outra parte da cidade. A vista do outro lado era fantástica, principalmente durante a noite. Era o mesmo como viajar no tempo, deixando para trás casas bonitinhas e avistar a urbanização que deu certo.
Ela claramente amava o capitalismo!
Existia algo melhor que a super produção dos seus itens favoritos?
O consumismo ás vezes salvava uma garota triste!
Parecia fútil ter um cartão de credito salvador da pátria, mas aquele era os Estados Unidos da América, e não existia um país mais dominador que aquele. Ele lhe dava a liberdade perigosa de desejar e possuir, tudo que precisava ter era a quantia.
Nem todos nasciam com aquela sorte, mas Maid nasceu na família certa. Podia fracassar em tudo, menos ao escolher um vestido bonito, e naquela noite ela teve sucesso.
Passou a tarde pensando no que vestir, porque sua vida era uma grande desocupação. Ela não estudava, não trabalhava, não pensava no futuro. Seu pai esperava uma grande novidade, mas ela só pensava em ser esposa troféu. Por isso dava duro para ser aceita na família do namorado, pois sentia que ele a pediria a qualquer momento.
Por isso pintou as unhas de branco.
Se ele a visse com aquele modelo exclusivo da Miu Miu teria certeza que ela era a mulher certa para criar seus filhos adoráveis.
Eles começaram a namorar desde o ensino médio. Uma sorte grande da parte dela, pois nunca foi uma garota agradável de olhar. Se não fosse Chad, ela teria continuado na pior, sendo ignorada e cometendo o erro de aprender o que significava rejeição. Graças a ele, regrava tudo, até o ar que respirava. Ela malhava todas as manhãs, seguia a moda, passava horas no spa, lia revistas, marcava esteticista e tentava não chorar na depilação a laser. Maid nunca chorava, porque podia causar queimadura na ela, e eliminou todas.
O combinado não era aparecer no apartamento de Chad naquela quinta-feira à noite, mas faria uma surpresa fenomenal. Ela passou horas sofrendo pondo aqueles apliques para parecer como uma atriz de Hollywood no tapete vermelho, ou uma diva pop. As duas opções agradavam Mermaid.
Abriu a própria bolsa para se encarar no espelho e repassar o gloss.
Ela era bonita, como todas as garotas do mundo.
Não havia um só rosto especial, apenas formatos diferentes.
Bateu na porta.
A falta de resposta fez com que arrumasse o cabelo nervosamente.
