Ele é tão alto e bonito como o inferno
Ele é tão mau, mas ele faz tão bem— Taylor Swift
Maid precisou dormir por horas. Seu corpo inteiro doía. Não se importou em tomar banho, apenas secou-se e deitou na cama. Se por alguma razão Joe quisesse fazer parte daquilo, não teria forças para recusar. Sua mente era um emaranhado de sentimentos conflitantes que ignorou com muito sucesso, pois não aguentaria lidar com a verdade.
Percebeu que nunca esteve com um homem antes, o que parecia ser uma piada, pois houve Chad centenas de vezes, porém nada como Joe. Nunca perdeu tanto o controle quanto naquele momento. E a dor entre suas pernas só a deixava mais ansiosa pelo que aconteceria nos próximos minutos, pois sentia que não resistiria a uma segunda vez, ou sequer pensava em travar aquela guerra.
Ela despertou tarde da noite.
O balanço do veleiro a deixou enjoada.
Tudo que fez fora se movimentar para o apertado banheiro no meio da escuridão. Maid passou a mão pelo interruptor, trazendo luz ao ambiente, cegando-a. Ela tirou o roupão que Joe deu a ela ao saírem da água e entrou no jato quente do chuveiro. Pensou que haveria alivio, mas o relaxamento dos músculos trouxe mais exaustão.
O mar também cansava os desacostumados.
Olhou ao redor procurando por qualquer shampoo ou sabonete, mas não havia nada. Bufando, abriu a porta do box, pisando no tapete e procurando por qualquer sabonete. Encontrou uma bolsa no pequeno armário, encontrando seus próprios produtos.
Ele tinha planejado todo o sequestro como um mestre.
Maid agradeceu a Joe mentalmente por não ter esquecido nada, pois certamente se mataria caso não conseguisse lavar o cabelo.
Enrolou-se na toalha, e começou uma nova busca por roupas. O que vestia certamente foi para o lixo. A bolsa que encontrou estava repleta de roupas masculinas.
Mais uma vez notou que não existiam maneiras de gostar daquele homem. Ele sempre buscava testa-la.
Relutante, vestiu uma das camisas.
Não podia permanecer nua.
Saiu do quarto furiosa, pisando com força no chão, odiando ainda mais o balanço anormal do mar. Existiam milhares motivos para não participar mais daquelas viagens sem sentido, e o corpo de Maid se acostumou apenas com as viagens que fazia no céu, nunca no mar. Nem mesmo em cruzeiros ousava entrar.
Enfrentou o frio e a escuridão do lado de fora.
Eles pareciam ser os únicos em todo o planeta, e a sensação era assustadora.
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Mermaid
FanfictionTer azar no jogo e no amor era o cúmulo do absurdo, porém Maid tinha o talento para ferrar com tudo. Não bastava ter dez dedos podres, ela simplesmente poderia ter vinte. Todas as suas últimas escolhas foram questionaveis. Acreditava que cometer err...