cinzas

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— Uma festa? — Taehyung repetiu, incrédulo

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Uma festa? — Taehyung repetiu, incrédulo. Porque só podia ter escutado errado, não tinha como aquilo ser verdade.

— Foi o que uma das filhas da Hwasa me disse, majestade. — Yoongi respondeu. — Pelo que ela me explicou, a cada vitória que o clã tem, eles organizam uma comemoração em homenagem a deusa deles para fazer oferendas e agradecer. E como tivemos aquela vitória contra os invasores recentemente…

Taehyung piscou os olhos bem devagar. Uma piada, só podia ser.

— Estamos nos preparando para a maior guerra de Eunbaem em séculos e eles querem dar uma festa? — Jimin perguntou, compartilhando da mesma descrença.

— Bem, parece divertido. — Hoseok deu de ombros. — Passamos o último mês perseguindo uns aos outros pelo reino, vai ser bom distrair a mente um pouco.

— O mais impressionante disso é vossa malvadeza saber o que é uma festa. — Ryujin apoiou o rosto contra uma das mãos. — Me diga, quantas o senhor já arruinou na vida?

Como sempre, Taehyung preferiu ignorá-la. Nem ela e nem nenhum dos outros intrometidos deveriam estar ali, mas pelo visto as reuniões particulares em seu quarto já tinham virado um costume. Não importava quantas vezes trancasse a porta, eles sempre davam um jeito de entrar.

Duas semanas tinham se passado desde a tentativa de invasão e era como se ela nunca tivesse existido. Sem cadáveres no mar, sem uma gota de sangue na areia, nem mesmo um único guerreiro morto… A território do clã estava de volta a sua normalidade, a calmaria bem no meio da tempestade.

Mais cedo, naquele mesmo dia, a mensagem para o restante do reino foi dada e agora era isso.

Guerra. 

Não tinha mais como fugir dela. Como Jimin disse, seria a maior guerra de Eunbaem em séculos, mas ao contrário de todas as outras, essa seria dentro do reino, com seus próprios governantes disputando a coroa.

E apesar disso tudo, tinha a porra de uma festa sendo planejada naquele exato momento.

Taehyung bufou e cruzou os braços.

— Certo, então se divirtam, eu nã-...

— Você tem que ir. — Jeongguk o interrompeu. Estava sentado na cadeira ao lado e revezava a atenção entre o livro aberto sobre a mesa e Soobin em seu colo. — Qualquer tradição do clã que envolva a deusa Orin são levadas muito a sério. Se você não for, podem interpretar como um insulto. Isso pode abalar a confiança que eles têm em nós.

Taehyung fechou os olhos por alguns segundos. Nada de piada, aquilo era um modo de tortura bárbaro, isso sim.

— Já que não temos escolha. — Jimin suspirou. — Espero que pelo menos acabe rápido.

Entre os braços de Jeongguk, Soobin começou a resmungar. Taehyung abriu os olhos.

— Fome. — Falou, levando apenas um milésimo de segundo para reconhecer o tipo de choro.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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king slayer • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora