Notas da autora: Olá, querida e amada, Rose! Antes de começar o capítulo já quero pedir para deixar a sua estrelinha e comentar muito durante o capítulo!
Boa leitura!
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.1960
Na manhã do dia seguinte, acordei bem cedo. A noite ainda prevalecia no céu de Seul. Eu sabia que, para ter chances de chegar ao encontro de Jae, seria necessário sair bem antes de uma possível chegada dos meus pais em casa.
Ha-eun prometera tentar distraí-los para que eu ganhasse tempo, mas eu sabia que não poderia abusar da sorte. Assim que o dia raiasse, minha mãe me esperaria na casa do Hwan. E caso eu não aparecesse, aí as coisas iriam se complicar, com ou sem a ajuda da Ha-eun.
Então, segui meu plano. Ainda de madrugada, deixei minha casa para encontrar Minjae, que prometera me esperar no mesmo local da noite anterior. Ele insistiu para me buscar em casa, mas eu, já prevendo a confusão que poderia me aguardar, disse a ele que era melhor não arriscarmos. Ele não poderia ser visto em casa, pelo menos, não ainda.
Quando cheguei no rio Han, Jae já estava me aguardando. Com um sobretudo marrom escuro, ele estava de frente para o rio, olhando para a lua minguante.
Meu peito revirou, após varar a noite lendo as suas cartas, eu só queria lhe dizer o quanto eu sentia muito.
Queria poder ser capaz de amenizar toda a dor que ele tinha passado todos aqueles meses, por isso, não hesitei. Assim que o avistei, corri em sua direção, até ser capaz de envolver a sua cintura em meus braços, numa tentativa de curar suas feridas e abafar nossa saudade.
Minjae não pareceu espantado com o impacto que o meu corpo causou nas suas costas, já que assim que meu rosto encostou no tecido grosso do seu sobretudo, ele aceitou o meu abraço, pousando as suas mãos nas minhas.
— Hyo-jin... — ele sussurrou, acariciando as costas da minha mão com o polegar.
— Jae...
— Você...
— Shiu...
Eu não queria dizer nada, eu apenas queria que ele sentisse que não estava mais sozinho. Naquele momento ele tinha a mim, e eu a ele. E juntos, nenhuma tristeza faria morada em nossos corações.
Como ele sempre me entendia, não foi necessário que eu explicasse o que estava acontecendo. Jae sabia, na verdade, era isso que ele queria.
E ficamos assim por vários minutos, eu podia sentir a sua respiração pesada e seu coração batendo em uma cadência de aflição. Apertei mais meus braços na sua cintura e minhas bochechas pressionavam as suas costas, como se eu pudesse canalizar todo o seu sofrimento.
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O Violinista que Amei
Romantik(EM ANDAMENTO) 1958, Seul, Coreia do Sul. A jovem Hyo-jin sonhava em assistir a um concerto de música clássica. Ela só não imaginava que a música seria um instrumento do destino. Aquele momento não só mudaria sua vida, mas também a conduziria a desc...