(EM ANDAMENTO) 1958, Seul, Coreia do Sul. A jovem Hyo-jin sonhava em assistir a um concerto de música clássica. Ela só não imaginava que a música seria um instrumento do destino. Aquele momento não só mudaria sua vida, mas também a conduziria a desc...
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Já estava escurecendo, e eu estava preocupada com as meninas voltarem para casa tarde da noite.
— Meninas, já está ficando tarde. Vou ter que terminar de contar a história amanhã.
Yumi me olhou frustrada e Sophie abriu a boca desapontada.
— Ah, não! A senhora vai parar hoje justo na melhor parte? — Yumi perguntou manhosa.
— Vou, porque não quero que fiquem andando sozinhas durante a noite. As ruas estão muito perigosas!
— A senhora não precisa se preocupar. Podemos pegar um táxi juntas. Por favor, sra. Hyo-jin... — Sophie pediu fazendo um biquinho e eu balancei a cabeça a achando fofa. — Eu estou com medo de não dar tempo de ouvir toda a história antes de ir embora.
— Mas você não vem aqui amanhã?
— Venho mas... é o último dia — Sophie disse, cabisbaixa, ali não era mais drama. — Conta pelo menos se o Minjae falou com o pai da senhora e como a sua mãe lidou com tudo.
Tirei os meus óculos e limpei as lentes no avental enquanto pensava que dificilmente eu era capaz de negar algo a elas.
— Diz para a gente que depois que o pai da senhora deu a benção deu tudo certo, por favor! — Yumi juntou as duas mãos na frente do corpo, esperançosa.
— Sim, minhas queridas, deu tudo certo!
Sorri ao ver o semblante de alívio delas.
— Ainda naquela semana, Minjae foi se apresentar ao meu pai. Claro que ele não pediu a minha mão em casamento logo de cara. Ele quis ganhar a confiança do meu pai primeiro.
— Ele era esperto! — Yumi constatou, e Sophie balançou a cabeça concordando.
— Sim, Yumi. Então, ele conquistou a confiança do meu pai rapidamente. Tudo ficou ainda mais fácil quando Minjae pediu uma ajudinha para o seu maestro, que, como um grande amigo dos dois, fez uma ponte importante para o bom relacionamento deles.
— Então, quando ele pediu a sua mão em casamento, foi tranquilo? — Sophie indagou, e eu concordei com a cabeça. — E a sua mãe? Mudou de ideia quando o conheceu?
Cruzei meus braços e soltei um longo suspiro, negando com a cabeça.
