[15] Perdidas, Mas Não Tanto

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O refeitório estava repleto de vida, com conversas animadas e risadas calorosas ecoando por todo o ambiente. Entre os muitos diálogos, a mesa da seleção feminina brasileira de vôlei destacava-se pelo entusiasmo. As atletas, em seu merecido horário de almoço, conversavam animadamente, enchendo o enorme salão com sua energia contagiante.

— Meu Deus! Esse fuso horário está acabando comigo! — Exclamou Natinha, com um tom exageradamente dramático, arrancando risadas de todas ao redor da mesa.

— Nem me fale, já estou morrendo de sono, e ainda temos uma tarde inteira de treino pela frente — Completou Roberta, inclinando a cabeça para trás enquanto se espreguiçava, tentando aliviar a tensão.

— Notícia boa! O treino só vai até as cinco, vamos ter o restante do dia todinho livre — Anunciou Gabriela, com um sorriso satisfeito iluminando seu rosto.

— Ai, o mínimo! — Respondeu Nina, arrancando risadas do grupo que logo se levantou. Juntas, seguiram para o ônibus que as aguardava do lado de fora da vila, pronto para levá-las de volta ao ginásio.

O sol brilhava intensamente, refletindo a energia e a camaradagem das atletas enquanto caminhavam, conversando animadamente sobre os planos para o tempo livre que teriam mais tarde.

O ginásio parecia ainda maior sob as luzes artificiais, que lançavam sombras dramáticas nas paredes. O treino da tarde retomava com uma intensidade renovada, ainda mais rigoroso que o da manhã. As atletas se preparavam para um longo e exaustivo período de exercícios, cada uma determinada a dar o seu melhor.

Zé Roberto Iniciou com uma série de preparação física, exigindo altos esforços por parte das atletas. As jogadoras corriam de uma linha à outra, tocando o chão com as mãos antes de voltar, repetindo o movimento até que suas pernas cansassem.

Em seguida, passaram para os saltos contínuos de bloqueio ao longo da rede. As atletas saltavam repetidamente, movendo-se lateralmente sem descanso, focadas em manter a altura máxima em cada salto. O som dos tênis batendo no chão ecoava pelo ginásio, misturado aos gritos de incentivo do treinador.

Por fim, o treino culminou em um longo mancheto que exalou a competitividade entre Gabriela e Nyeme, com ambas dando  e exigindo tudo de si e de seu time a fim de vencer o pequeno jogo, que estava valendo uma série de favores entre a líbero e a capitã.

Quando o treino finalmente terminou, as atletas, exaustas mas satisfeitas, dirigiram-se à academia. No curto intervalo entre os dois locais, Nina aproveitou para visualizar e responder algumas notificações que havia em seu celular, encarando o aparelho com uma feição um tanto quanto nervosa.

Roberta, que notou a oposta ficando para trás na pequena caminhada do grupo, olhou para a japonesa com um sorriso malicioso em seus lábios, não perderia qualquer oportunidade sequer de zoar a mais nova.

— Ei, Nina, vai 'tá querendo prestar atenção no caminho pra não cair de cara no chão ou 'tá preferindo dar atenção pros seus contatinhos?
— Provocou, satisfeita com a reação da morena.

Nina, surpresa, rapidamente desligou o celular e respondeu, rindo:

— Não é nada demais, garota! Só 'tava resolvendo algo.

— Aham, acredito sim.

As duas seguiram juntas para a academia, rindo e conversando, prontas para enfrentar mais uma sessão de treino.

Na academia, o ambiente era de concentração e esforço. As atletas se dedicaram a uma série de exercícios de fortalecimento muscular. Levantamento de peso, exercícios de resistência e alongamentos intensos faziam parte da rotina. Conversas soltas e uma playlist de músicas completamente aleatórias era o que nunca faltava em seus treinos em grupo, fazendo com que o compromisso árduo se tornasse um pouco menos pior.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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