Capítulo 4: De Repente... A Confissão

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Pe. Edward Cullen

Terminando a missa me retirei para a sacristia não sem antes reparar na amiga de Rose na primeira fila que parecia que estava sofrendo de aneurisma.

Tirei minha batina e as estolas, enquanto um ministro vinha puxar papo.

"Padre, você viu a garota perto da Senhora de Lucas? Ela parecia que iria morrer ou coisa do tipo"

"Eu reparei..." Disse suspirando. "Acho que vou dar uma olhada nela. Será que é alguma parente da senhora de Lucas?"

"Não é não, padre." Uma ministra chegou à conversa. "A garota parece que veio para as bodas, eu vi ela hoje mais cedo na frente da igreja. Além do que conhecemos todos os parentes da Senhora Lucas" Eu ri enquanto pegava um copo d'água; a senhora Lucas era conhecida por todos, e exclusivamente sua família, quando ela fazia questão de arrastarem todos para a igreja. "Acho que ela é mais uma das garotinhas-problema" Ela acrescentou.

Garotinhas-problemas eram como algumas pessoas chamavam as mulheres que iam para igreja por outro motivo, que não era Deus. Isso me deixava amargurado. Eu estava ali para servir Deus, não para competir com ele. Eu sinceramente não gostava quando usavam esses 'termos', eu realmente queria achar que elas começaram a ver sua religiosidade de maneira mais profunda, e não por minha causa.

"Sendo ou não..." Suspirei. "Tenho que vê-la. É minha responsabilidade"

Antes de sair da sacristia ouvi a mulher sussurrar para o marido.

"Aposto como ela vai desmaiar ainda mais quando ele for até ela"

Bella

"Você está bem?" A senhora Lucas perguntou enquanto eu via algumas pessoas se levantando dos bancos e indo embora. Ela me olhava preocupada, e parecia que a qualquer momento poderia tirar umas compressa de água quente e colocar na minha cabeça. Ela lembrava muito minha avó, que apesar de eu não ver a muito tempo, eu gostava muito.

"Não..." Murmurei. Se a missa já tinha acabado, era por que eu ficara ali uma hora sobre tortura! E não é a tortura que eu imaginei que seria, e agora analisando tudo, eu realmente preferia mil vezes o outro tipo de tortura. E não o fato de descobrir que um homem lindo! Digo L.i.n.d.o, era um padre. Por favor, eu posso ter acabado com Mike- ok, tecnicamente eu não acabei com ele, e eu não tenho nada como prova que ele participe da tal gangue pop, mas... –eu não poderia simplesmente aceitar o fato, ir embora, sem gritar um "Por quê?" para o vento- sem me sentir abalada ao constatar um fato tão... Deprimente.

"Você está bem?" Perguntaram de novo, mas não era a Senhora de Lucas. Só fui constatar esse fato quando abri a boca para soltar um belo palavrão, quando parei empalhada ao ver um par de olhos verdes brilhantes me olhando atentamente.

Eu fiquei sem fala... Eu parecia aqueles murdos-surdos que queriam dizer alguma coisa, mas nada saia. Eu sabia que tinha fechar minha boca que estava aberta, mas não conseguia. Talvez eu aproveitasse a situação tirasse um cartãozinho do tipo "Sou mudo e surdo, me ajude", para tirar proveito da situação. Tentei abanar minha cabeça para conseguir não parecer uma doente mental, mas acho que não surgiu efeito.

Lembrei da letra da música que ele cantara na missa, e por mais que eu me surpreendesse eu murmurei comigo mesma.

"Entra na minha casa... Entra na minha vida..."

Ele riu. E se sentou ao meu lado junto à senhora Lucas. "Você decorou minha música?"

"Todos sabem suas músicas, padre" A senhora Lucas corrigiu gentilmente. Ops! Tinha cantado alto demais, mas tomara que ele não tenha percebido que o canto não era para Deus, como deveria ser, mas para ele.

De Repente... ReligiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora