Capitulo 3: De Repente... As Bodas De Prata

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"Eu vou MORRER!"

"Você vai morrer se você NÃO tirar essa sua bunda grande e gorda dessa poltrona!" Rose disse séria apontando um dedo assustadoramente para mim.

Reclinei na poltrona vermelha de couro que minha mãe havia me dado anos atrás quando viera tentar a sorte em NYC.

"Eu não tenho uma bunda grande e gorda!"

"Mas vai ter se continuar nessa poltrona comendo brigadeiro enquanto assiste 'Dirty Dance'" Ela disse se aproximando de mim e pegando no meu braço com força.

"Ei! Pare com isso, Rose"

"Você disse que iria. Você sabe como os pais de Emmet vão ficar profundamente ressentidos se você não for a algo que é de extrema importância para eles! Além do que eu prometi que te ajudaria amanhã com Mike!"

"Mas eu Rose, você não entende...?" Disse falando em sussurros enquanto o suor começava a pingar pelo meu rosto. "Eu tenho pavor de igrejas, simplesmente eu imagino o Chuck ganhando vida naquelas estátuas enormes!"

Desde que Rose me "subornara" a ir à missa de boda dos pais de Emmet, eu entrei em um dilema contraditório. De um lado o carinho que eu sentia pelos os pais dele, e de outro, claro, o pavor, na verdade mais ódio, que eu sentia de igrejas. Eu havia prometido para Rose que eu iria se ela me ajudasse amanhã com Mike e pudesse ter realmente certeza de que ele NÃO fazia parte dos garanhões da cidade. Mas agora eu realmente não queria ir á igreja e ter de me deparar com minhas nêmeses.

"Bella olha só..." Rose disse diminuindo a voz, enquanto falava pacientemente. "Se você encara a igreja como sua inimiga, você tem mais é que ir lá e enfrentá-la! Lembra aquele ditado 'é melhor saber onde seu inimigo está'?"

"O problema Rose é que eu sei MUITO bem onde o inimigo está. Para sua informação, tem uma em cada bairro dessa cidade!"

"Certo,..." Ela revirou os olhos. "Eu vou ser obrigada á ligar para Emmet para dizer aos pais dele que você não vai, porque você é uma Atéia do tamanho do mundo, e nem vai fazer um mínimo sacrifício para os pais dele que sempre te ajudaram e te apoiaram desde que você chegou a NYC!" Ela disse calmamente, e pegou o celular discando o número de Emmet.

Será que ela realmente faria isso? Quais eram as chances de os pais de Emmet não ficaram ressentidos? Se o próprio Emmet não ficasse chateado? Calculei em minha calculadora mental e depois do período de Download descobri que as chances afirmativas eram nulas.

"Alô, Emmet...?" Rose disse no telefone. "Eu tenho que te dizer uma coisa..." Ela olhou para mim por cima do olho. "Bem, é que Bella..."

"Não!" Corri até ela e roubei o celular de suas mãos. "É que eu já estou me arrumando e já chegamos ai!" Falei rapidamente até constatar que do outro lado da linha só tinha um "tu...tu...tu..."

Rose riu e pegou o celular de volta enquanto eu me controlava para não dar um soco na cara perfeita dela.

"Vamos Bella, agora se arrume, vou procurar uma roupa para você"

"Preta!" Respondi revirando os olhos, vencida e indo até o banheiro para tomar banho.

"Não" Ela sorriu. "Ainda bem que eu te conheço bastante bem, e vim mais cedo para te vistoriar... Ah, eu devo ganhar um OSCAR!"

"Bella até parece que você vai ter um ataque cardíaco!" Rose disse enquanto ela estacionava seu conversível vermelho – como se alguém que trabalhasse em um jornal tivesse dinheiro para isso- quando viu minha respiração pesada.

"Eu te disse, eu te disse..." Me limitei a dizer.

"Qual foi a última vez que você foi á uma igreja?" Ela perguntou enquanto tentava estacionar o carro em uma pequena vaga limitada por dois carros. "Mais que inferno, porque ele não pode estacionar mais para trás?"

De Repente... ReligiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora