Capítulo 20: De Repente... Movimento Cascata

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O céu daqui de cima era mais azul.

E as pessoas lá embaixo pareciam formiguinhas pretas andando até seus destinos.

Tinha uma acústica diferente também... Parecia como harpas tocadas nas nuvens pelos anjos. Anjos que estavam com roupa de médico e as pernas para o ar. E tinha até alguns que estavam com uma guitarra na mão jogando Guitar Hero com a TV nuvem do céu.

É. Eu tinha morrido.

"Olá." Uma voz de fadinha me fez abrir os olhos. Eu nem sequer tinha percebido até aquele momento que estava com eles fechados.

"How." E ergui minha mão.

"How? Em sua vida na terra você não era indígena." A voz falou confusa.

"Ah é? E onde que você viu isso?" Provoquei.

Então na minha frente se revelou uma espécie de Mestre dos Magos só que na versão feminina. Ou se você não assistir Caverna do Dragão (no último capítulo do desenho descobre que o Mestre dos Magos é do Mal!) pode imaginar aqueles duendes do Harry Potter, versão feminina, é claro.

A mestra dos magos mexia em vários papéis em sua frente e eu até fiquei com uma pulga atrás da orelha. Até morta eu não gostava muito de Zona Azul.

Deveria ser Zona Preta, por motivos já pré-definidos.

"Está aqui, ó." Ela quase esfregou na minha cara o papelzinho. "Isabella Marie Swan, filha de Charlie Swan e Renne Swan..."

"Epa. Espera. Você errou uma coisinha. Filha de Charlie Swan..."

"Certo." A mestre dos magos ajeitou os óculos. Nerd. "Foi o que eu disse... Charlie Swan e Ren..."

"Não, amor." Apontei para a prancheta e 'cortei' o nome de Renne. "Filha de Charlie Swan. Sem 'e'... Entende?"

"Ah..." Ela me olhou por cima dos óculos como se eu fosse uma aberração ou um estudo muito interessante para a pós graduação da faculdade de mestre dos magos celestial. "Como você nasceu?"

Eu rolei meus olhos e me perguntei se no céu tinha escolas e se tinha se os professores eram capacitados.

A mestra dos magos ouviu alguma coisa do além, porque logo depois assentiu várias vezes e continuou lendo a prancheta:

"Isabella Marie Swan, filha de Charlie Swan, 22 anos, Jornalista, e... Americana! Está vendo, não tem nada de indígena..."

Rolei meus olhos. "Vou te contar um segredo..." A chamei para se aproximar de mim e ela olhou para os lados e depois assentiu como se o terreno fosse seguro. "Eu vi no Google, achei legal. Sabe? Só isso? Já ouviu falar de 'curti, vou imitar? ' Então..."

"Ah..." Os olhinhos dela brilharam. "Entendi..."

"Mas que pena que você não tem internet aqui né..." Enrolei os fios do meu cabelo despreocupadamente. "Assim eu poderia mostrar..."

A mestra dos magos com o dedo indicador pediu para que eu esperasse, e com um clique de dedos e uma nuvem branca - ali tudo era branco, bem- apareceu aquele netbook super hiper mega desenvolvido, que se duvidar nem tinha lançado na Terra ainda. Talvez a mestra dos magos tivesse pegado o modelo direto da mente do cara da Apple ou o Bill Gates.

"Tá bom né... Não humilha..."

"Oi? Isso?" Ela tirou uma caneta detrás da orelha. "É o mais pobre da região. Você sabe... Você precisa de pontos com o cara lá de cima, e eu não tenho muitos..."

"Imagina quem é o preferido..." Murmurei chocada. "Mas bem, eu queria saber assim, três coisas importantes." Pensei quais seriam as três coisas importantes. "Ok. Certo. A primeira é... Onde eu vou morar? A segunda... Minha mãe não vai estar por aqui não, né? E terceira... O Edward tá aqui?"

De Repente... ReligiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora