Lyra acordou no pulo naquela manhã com os berros de Sam no primeiro andar. Ela desceu ainda de pijama, completamente irritada e encontrou o mais velho completamente irritado.
- Finalmente - Sam falou levantando os braços.
- Espero que o mundo esteja acabando para você me acordar no pulo sendo que eu tinha mais meia hora de sono - Lyra cruzou os braços irritada.
- Estamos atrasados. - Sam falou para a filha como se fosse obvio.
- Atrasados para que? - Lyra devolveu a pergunta ainda irritada - A escola começa as nove, são sete ainda e nenhum dos meninos está aqui.
- Ei, o que esta acontecendo aqui? - Emily entrou pela porta com um saco de pão.
- Eu não fui claro ontem de noite de que ia levar ela mais cedo para escola? - Sam virou para a noiva, como se fosse óbvio o que estava acontecendo ali. - Tenho que estar no ponto de encontro daqui 20 minutos.
- Sam, você foi claro comigo e eu te disse que levava ela a pé para não acontecer dela ficar lá por quase uma hora sem necessidade. - Emily virou a cabeça preocupada com o noivo, que relaxou os músculos.
- Verdade - Sam falou lembrando da conversa.
- Emily me ensinando o caminho, posso ir a pé sempre que precisar - Lyra disse mais calma - E os meninos vão estar comigo.
- Na verdade, não - Sam foi em direção a cozinha, seguindo Emily que estava com o café da manhã - Eu vou fazer um trabalho aqui perto e eles vão comigo.
- Um trabalho? - Lyra virou confuso enquanto arrumava o café na cafeteira, vendo o pai concordar - Eles vão perder aula para te ajudar em um trabalho?
- Infelizmente - Sam se sentou na mesa, colocando a mão na cabeça. Emily se aproximou do noivo, tocando o ombro dele, como se tivesse lhe dando apoio. Lyra observava a cena confusa com toda situação.
Ela sentou no mesmo lugar de sempre e tomou seu café em silêncio enquanto o pai conversava com a madrasta. Era estranho a casa sem os rapazes fazendo barulho.
- Estou indo já - Sam levantou se despedindo de Emily. E foi em direção a Lyra - Obedeça a Emily, por favor.
- Quem vê você falando assim acha que sou um monstro - Lyra disse em um tom divertido. - Boa sorte nesse trabalho e cuidado.
- Pode deixar baixinha - Ele apertou a filha em uma abraço e deixou um beijo na testa dela, saindo pela porta, sendo observado pelas duas.
- Temos uma hora ainda, querida - Emily virou para Lyra, que soltou uma risada nasalada e indicou que ia tomar banho.
A morena subiu com o celular na mão enviando uma mensagem para Embry e entrou no quarto distraída. Até que uma não segurou na cintura dela e outra prendeu a boca, fechando a porta.
Lyra se virou com medo, mas relaxou quando viu Embry sorrindo.
- Quer me matar Call? - Lyra se soltou dos braços do moreno, que ria.
- Desculpe, mas eu não podia deixar você fazer barulho - Ele puxou ela pela cintura, que o abraçou relaxando. - Vou fazer um trabalho com seu pai, mas queria te ver antes de sair.
- Fiquei sabendo - Ela encarou o garoto de perto, tentando pegar qualquer sinal na expressão dele - Meu pai estava bem agitado agora cedo, que trabalho é esse que vão fazer?
- É em uma tribo vizinha, sempre vamos lá para arrumar alguns carros - Embry mentiu fazendo seu melhor, mas engoliu seco quando a morena cerrou os olhos, lhe observando.
- Não é nada perigoso ne? - Lyra falou com a voz mais mansa.
- Está preocupada comigo? - Embry abriu um sorriso brincalhão.
- Em partes ne, quem vai me levar para surfar se algo acontecer com você? - Lyra falou com um tom de riso - E eu até que estou gostando da vida aqui, só não pode contar para o Sam.
- Será nosso segredo - Embry disse grudando a testa na dela - Só um dia e meio, te juro que volto rápido.
- Tenta não fazer nenhuma besteira, Call - Lyra disse de olhos fechados, aproveitando o carinho do moreno na sua cintura.
- Não irei - Ele abriu os olhos, deixando um beijo bem perto da boca dela.
- Até mais - Lyra acompanhou ele abrir sua janela e descer, fazendo ela rir da situação.
O dia dela passou mais rápido do que ela pensava. Emily a deixou na escola e foi para a creche da reserva e a buscou pontualmente as três da tarde.
As duas voltaram animadas conversando sobre os dias delas e passaram o resto da tarde maratonando filmes que passavam na televisão.
Enquanto a madrasta fazia a janta, Lyra aproveitou para cuidar das plantas do quintal, que estava quase virando uma floresta de tantos vasos que a mais nova tinha roubado pela vizinhança.
Emily observava pela janela com atenção, já que desde a conversa com Harry na fogueira, ela e Sam estavam prestando mais atenção na mais nova.
Lyra cantava uma melodia que fazia Emily se sentir leve, podia até jurar que invadia sua mente de formas estranhas, mas fazia com que o ambiente ficasse muito relaxado.
A mais velha saiu pela porta, com uma xícara na mão e foi se aproximando lentamente da mais nova. Lyra estava tão concentrada em sua melodia.
Emily engoliu seco quando viu Lyra colocar as mãos em cima da planta e quando afastou ela estava maior do que estava antes. A mais velha saltou os olhos e se aproximou fazendo barulho.
A Uley virou confusa, vendo a madrasta se aproximar, mas ela levantou quando escutou os ruivos de lobos.
As duas viraram em direção a floresta, ainda escutando os barulhos dos lobos. O vento começou a soprar mais forte e Lyra podia jurar que o local estava muito bravo pela presença de algo.
- Vem, Lyra, vamos entrar - Emily apontou para a mais nova.
- Escutou isso? - Lyra falou ainda observando a floresta.
- Sim, querida, vem, vamos entrar - Emily encostou no ombro da mais nova, tirando ela do transe e a puxando para dentro.
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Ligados pela Alma - Embry Call
FanficLyra Uley retorna para La Push para viver com seu pai, Sam Uley, depois de anos vivendo com a mãe. A vida pacata que ela esperava ter na aldeia se mostrou bem diferente com todas as lendas e magias que habitam no local