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O bar estava cheio, o som abafado da música misturado às conversas animadas e risadas

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O bar estava cheio, o som abafado da música misturado às conversas animadas e risadas. Lina estava sentada à mesa com Falcão, sentindo o álcool correr livremente por suas veias. O calor começava a subir pelo corpo, e a cabeça já estava levemente leve, quase flutuante.

— Você acha que eu ganho a próxima rodada? — ela perguntou, a voz um pouco arrastada.

Falcão inclinou-se para ela, apoiando o cotovelo na mesa com um sorriso malicioso.

— Considerando o quanto você acabou com eles essas ultimas rodadas? É claro que vai. Quem vai te parar?

Lina riu, jogando a cabeça para trás.

— É, eu sou uma máquina...

— Isso mesmo! — Falcão ergueu o copo. — Um brinde à máquina!

Eles brindaram com um som abafado, e Lina voltou a rir, mas sua atenção foi capturada quando, sem querer, seus olhos vagaram para o balcão.

Lá estava ele. Kwon.

Seu coração deu um salto, mas o aperto que veio logo em seguida foi tudo, menos agradável. Ele estava de costas para ela, mas isso não importava. O braço dele estava sobre os ombros de Tory, que parecia quase confortável demais perto dele. Eles riam de algo, a proximidade quase casual demais. Lina já estava se sentindo irritada, mas então veio o golpe final: Kwon inclinou-se, e os lábios dele tocaram a bochecha de Tory.

Foi breve, casual até, mas parecia uma eternidade para Lina. O copo em sua mão parecia mais pesado, e o calor em seu peito se transformou em algo mais intenso, mais incômodo. Raiva, ciúme, frustração – ela não sabia dizer o que era mais forte, mas sabia que queria sair dali, queria quebrar algo, queria...

— Ei, Lina? — Falcão estalou os dedos na frente dela, trazendo-a de volta à mesa. — Terra chamando Lina, tá tudo bem?

Ela piscou, como se saísse de um transe, e tentou disfarçar.

— Tá tudo bem, sim.

— Sei... — Ele a olhou com uma expressão divertida, mas cética. — Então, o que você tava encarando?

— Nada. — Lina balançou a cabeça, mas sua voz saiu firme demais para parecer natural.

— Hum... — Falcão inclinou-se mais perto, baixando a voz. — Foi o Kwon, não foi?

Ela arregalou os olhos e voltou a beber do copo, tentando esconder o desconforto.

— Não sei do que você tá falando.

— Claro que não. — Ele riu. — Mas, se quiser mudar de assunto, eu tô aqui.

Lina suspirou, tentando ignorar o aperto no peito e se concentrar em qualquer coisa que não fosse a visão de Kwon e Tory no balcão. Falcão tagarelava algo sobre Demitri, mas sua mente continuava presa no mesmo lugar. A cena do beijo parecia rodar em sua cabeça, cada detalhe gravado como uma marca que ela não conseguia apagar.

Broken Balance - KwonOnde histórias criam vida. Descubra agora