APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
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Estava atrasado para recepcionar a família de Violetta. Hoje, ela chegaria a Santorini, e amanhã seria o dia do nosso casamento. Pela primeira vez, poderia olhar Violetta sem medo de ser reconhecido. Não sei como reagiria ao vê-la novamente; acho que não teria nenhuma descrição. Era difícil manter o olhar longe de Violetta.
Tive a certeza de que não tive discrição em olhá-la quando Mattia, pai de Violetta, me olhou como se quisesse me matar, já que eu queimava a filha dele descaradamente com o olhar. Na verdade, todos perceberam; foi notório o clima pesado que ficou. Contudo, Violetta também manteve o contato visual comigo.
Ela me olhava como se tentasse me descrever, e aquela foi a primeira vez que ela me olhou sem escuridão, ou boné e máscara para atrapalhar nosso contato visual.
Contudo, ela não sabia disso. Para Violetta, essa era a primeira vez que nos víamos e, como em todas as outras vezes, Violetta estava linda, extremamente linda. Seus olhos eram de um tom castanho meio esverdeado, e seus lindos fios castanhos soltos me faziam sentir o melhor aroma do mundo.
Tentei me conter ao máximo para não olhá-la; contudo, foi extremamente difícil. Lorenzo, Don Ndrangheta, pediu para conversarmos. Ele e seu pai, Marco, que na época foi quem selou a aliança com meu pai, me acompanharam até meu escritório. Já sabia qual seria o assunto em pauta.
— Então, o que queriam conversar? — questiono, servindo três copos com uísque. Caminho até Lorenzo e Marco, que estão lado a lado, e lhes dou a bebida.
— Sabe perfeitamente sobre o que queremos conversar — Lorenzo dispara, e eu aceno para que eles se sentem.
— Presumo que um dos assuntos seja sobre a existência de Helena em minha vida — Marco sorri de lado, me dando certeza de que esse seria o assunto.
— Você é esperto, Apollo, então não preciso dizer o que tem que fazer. — Sei a que Marco se referia; eles nunca permitiriam que Violetta convivesse com Helena. Na verdade, nem eu permitiria, tanto que Helena já não mora mais aqui nesta casa.
— Helena não será um problema. — Afirmo com convicção, vendo os dois me analisarem.
— Espero que esteja certo disso, Apollo. Não quero que Violetta fique perto de algo que possa ser uma ameaça a ela. — Lorenzo me encarou; eles não estavam tão convictos assim em relação a Helena. Contudo, nunca permitiria que ninguém fizesse mal a Violetta.
— Como já disse, Helena não será um problema. — Fito os olhos azuis dos dois, dando minha palavra.
— Ótimo! — Marco declara.
— Soube que está tendo problemas com um traidor. — Suspiro, sabendo que esse problema não estava resolvido. — Estávamos deixando um Barbieri sob sua proteção, então espero que a proteja com a sua vida. — Lorenzo muda o tom nesta última parte, falando mais sério, com um pouco de preocupação.
