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Deito meu corpo tenso e suado na cama, vendo a mulher fazer o mesmo ao meu lado

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Deito meu corpo tenso e suado na cama, vendo a mulher fazer o mesmo ao meu lado. Helena deita sobre meu ombro, encostando seus seios em meu peito nu. Sinto seus dedos circularem por meu abdômen e, com a mão, tiro o plástico envolto do meu pau e o jogo no chão, normalizando minha respiração.

Nada que eu faça tira ela da minha cabeça.

— Não entendo por que usamos camisinha se você sabe muito bem que me protejo — ouço seu resmungo e seus dedos sobem.

— Sabe que não quero arriscar.

— Sei, sei. Você não quer seguir com a linhagem da sua família — ela bufa, revirando os olhos. — Como vai fazer isso se vai casar, hum? — questiona, e fico calado, tendo uma única certeza: não continuaria com o sangue podre de Apollo Segundo. — Isso deve ter doído tanto — seus dedos tocam em meu peito, em cima da cicatriz, a mesma cicatriz que a bala tirou a vida da minha irmã e me acertou no peito.

Na época, eu era um menino com sonhos; era ingênuo e queria uma vida melhor para minha mãe e minha irmã. Contudo, esse mesmo sonho custou a vida das duas.

Se ela soubesse que esse tiro não foi nada comparado à dor que senti naquele momento...

— Sabe, não entendo por que fez essa tatuagem com o nome da sua irmã em cima da cicatriz — fico calado, com os olhos fechados — assim como também não sei por que sempre ficamos aqui neste quarto e não no seu. — Helena sempre demonstra sua insatisfação em relação ao fato de não dormirmos em meu quarto, onde eu mesmo não dormia.

Na minha cabeça, me sentiria ainda mais sujo se dormisse lá, depois de transar com uma mulher desejando outra. Aquele quarto nunca foi usado; aquele cômodo seria o qual eu dividiria com minha esposa. Nunca levaria outra mulher que não fosse ela para lá.

— Sabe que é proibida a entrada naquele quarto — falo, tirando sua mão de cima do meu peito e me levantando da cama.

— Ultimamente você anda muito chato, Apollo — sigo para o banheiro ouvindo seu grito.

Após meu banho, me visto e encontro Helena deitada sobre a cama. Desço para a sala de jantar e encontro Filo, como sempre, brigando com Sebastian, que sempre a implicava.

Sento-me na minha cadeira, percorrendo o lugar e vendo que falta meu conselheiro.

— Onde está Jason? — Encho minha xícara de café.

— Foi para Atenas supervisionar uma carga que está saindo do país — Adônis responde, e aceno levando a xícara até a boca. Jason, Adônis e Sebastian eram o mais perto que eu tinha como amigos; sempre estávamos juntos e estranhava quando um não estava presente no café.

— Bom dia, meninos — reconheço a voz de Helena e, sem deixar de tomar meu café, olho de canto ouvindo os demais a cumprimentarem. — Amor, vou dar uma saída, nos vemos mais tarde — parando perto da minha cadeira, ela anuncia, deixando um beijo em meu lábio e me interrompendo enquanto tomo meu café.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora