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— Como está se sentindo sabendo que o grande dia está chegando? — Amélia se referia ao meu casamento

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— Como está se sentindo sabendo que o grande dia está chegando? — Amélia se referia ao meu casamento. Olho para as duas, sabendo que poderia desabafar.

— Na verdade, estou ainda sem acreditar, o que é engraçado, já que tive muito tempo para me conformar com a ideia. — Suspiro, olhando para um ponto fixo na mesa.

— Eu entendo perfeitamente. Casamentos arranjados não são uma coisa fácil de aceitar. — Ouço a voz de Cordelia. — Mas acredito que você aceitaria bem se não tivesse alguém na sua vida, estou certa? — Ergo o olhar para a ruiva, que sorri de lado, vendo que estava certa no seu palpite.

— Como soube? — Questiono, não quero deixar muito na cara que tenho alguém na minha vida.

— Dá para perceber a decepção do seu olhar. — Olho para Amélia, que me olha com pesar.

— Quem é ele, Violetta? É alguém que você conheceu na Suíça? — Amélia pergunta com ânimo em sua voz, na tentativa de me deixar animada.

— Na verdade, eu não sei quem é ele... e ele não parecia ser da Suíça — digo, pensativa, sabendo que esse mistério era muito confuso. 

— Anh — Cordelia parecia confusa. — Explicar isso, não entendi. 

— Não sei nada sobre ele, nem mesmo seu nome ou sua aparência. Ele sempre aparecia à noite, quando estava observando as estrelas. A princípio, fiquei com medo; contudo, ele foi ganhando minha confiança — conto como tudo aconteceu. 

— Isso é um pouco assustador, porque ele mantinha todo esse mistério — dou de ombros, negando vagarosamente com a cabeça à pergunta de Amélia. 

— Sinto muito, Violetta — Cordelia lamenta minha terrível paixão por um desconhecido. 

— Tudo bem. — deixo um sorriso. — Vou conseguir superar.

— Conte com a gente, Violetta. Sabemos o que está sentindo. Queria ter tido pais como os seus, que te mantiveram longe dessa loucura da máfia ou de casamentos. Queria ter tido alguém para me explicar melhor as coisas antes do casamento. — Cordelia dá uma pausa. — Sabe sobre... intimidade? — A ruiva fala, e entendo ao que ela se referia. Felizmente, no internato na Suíça, foi explicado como funciona a intimidade entre uma mulher e um homem.

Lembro-me de que, na primeira aula, minhas bochechas esquentaram; contudo, tentei ao máximo focar minha atenção, já que um dia precisaria colocar em prática, e seria melhor, pelo menos, ter uma noção de como as coisas funcionavam.

— Como ele é? — questiono, e elas me olham confusas. — Meu futuro marido, você o viu, não é? — Direciono o olhar à ruiva que esteve na mansão do meu futuro marido.

— Bom, ele é muito bonito, com olhos negros bem intensos, que sinto que escondem coisas terríveis, mas ele disfarça bem, pelo menos quando eu e Fellipp estivemos lá. Ele conversava e até brincava, tinha um tom zombador, mas acho que aquilo era encenação. Dava pra ver em seus olhos um terrível tormento. — Fico calada, ouvindo atentamente o que Cordelia dizia. Ela é a primeira pessoa que me diz algo sobre Apollo.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora