Abro minhas pálpebras preguiçosas, rolo na cama sentindo a claridade se chocar contra meu rosto e, com dificuldade, abro meus olhos, tendo a vista mais maravilhosa. O dia estava ensolarado, o mar tranquilo. Pelo que Filo havia dito, esse era um dos quartos de visita. Me perguntava como seria o quarto principal.
Os quartos, bom, pelo menos este quarto, eram bem semelhantes a uma caverna; até as paredes eram parecidas. A grande cama ficava sobre um suporte de pedras e, ao redor, tinha uma piscina natural. Na lateral do quarto, havia uma abertura onde a água do mar dava acesso para dentro do cômodo. A vista da frente dava para o imenso mar. Tinha também uma grande janela de vidro e cortinas que impediam a claridade de entrar. Havia me esquecido de puxar as cortinas.
— Hora de acordar, minha princesa — mamãe diz com a voz mansa ao entrar. — Ah, já está acordada, então hora de levantar. — Dona Lúcia caminha até mim, se inclinando e deixando um beijo sobre minha testa.
— Bom dia, mãe — Sento-me na cama, forçando um sorriso quando minha mãe me olha.
— O dia chegou — sinto seu carinho em meu cabelo. — Hoje é o dia do seu casamento — apesar de toda a situação, mamãe diz com uma certa animação.
— A senhora parece feliz — encolho meus ombros. — Mas esse é o pior dia da minha vida.
— Querida — ouço seu suspiro — apesar da situação não ser das melhores, irei ver minha garotinha vestida de noiva, e isso, para uma mãe, não tem preço — as primeiras lágrimas se formam em meus olhos; mamãe passa os dedos em minha bochecha, limpando as — não diga que esse é o pior dia da sua vida — fungo e ela me abraça de lado — porque hoje se completa mais um ano da sua vida, e a vida é o que temos de mais valioso. Meus parabéns, minha filha — abraço minha mãe; não consigo conter as lágrimas e choro feito uma garotinha — você tem que ser forte, Violetta, e enfrentar tudo que vier pela frente; acredite que coisas boas estão por vir.
Me aninho ainda mais nos braços de mamãe, contendo meu choro. Ficamos assim por alguns minutos, quando uma batida soou na porta.
— Deve ser seu pai — a porta se abre, revelando papai; ele entrou, sentando-se ao meu lado.
— Bom dia, minha princesa! Feliz aniversário, meu amor! — Papai se junta ao nosso abraço. Dona Lúcia e senhor Mattia sempre falam comigo, cheios de manha, me tratando como uma princesinha indefesa. — Sempre estaremos aqui, Violetta, para tudo que precisar. — Declaro e aceno com a cabeça contra seu peito. Papai deixa um selinho em minha cabeça e aproveito meu momento com eles.
Ajeito o roupão em meu corpo, saindo do banheiro. Vou em direção ao quarto, onde havia feito meu desjejum. Encontro Amélia, que estava distraída acariciando sua barriga. Ela nem ao menos notou minha presença.
— Atrapalho? — indago, meio sem jeito, vendo-a levar um sustinho. — Me desculpe, não queria te assustar. — Amélia se levanta e aprecio o quanto essa mulher consegue ser tão delicada e bonita.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Feita para o mafioso
RomanceAPOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia. Todos o temem. Muitos especulam. Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...