EU TENHO UMA BRUXA-MADRINHA
Eu estava dormindo quando a Glinda de O Mágico de Oz veio me ver.
Tudo estava em uma calmaria, não tive nenhum sonho, o que era raro.
Só que eu não esperava o que aconteceria a seguir.
A janela se abriu com força, uma luz rosa entrou por ela, e eu despertei assustada.
Quando a luz se dissipou, uma figura encantadora surgiu em uma bolha cor-de-rosa gigante.
Quando ela explodiu eu vi melhor a figura. Uma garota linda, com um longo cabelo loiro-claro, olhos verde-esmeralda e nariz levemente arrebitado.
Usava um vestido rosa tomara-que-caia, com saia bufante cheia de camadas bem trabalhadas nas barras. Na cabeça, uma tiara prateada brilhante e na mão direita uma varinha longa de prata com uma estrela de oito pontas que emitia uma luz rosa.
Que estranho, não me lembro de nenhum furacão, nem de drogas que eu tenha usado.
— Olá! — ela me disse. — Eu sou Sione, filha de Circe. Vi você ontem lá nas boas-vindas, achei tão deprimente o que minha mãe fez...
— Obrigada...
— Mas não se preocupe! — ela pôs os olhos em mim — Seus problemas... AHHH! — ela gritou em agudo, apavorada.
Já entendi. Era a minha cara. Eu devia estar com aquele carão de sono, babá escorrendo do meu rosto e meu cabelo devia estar uma maçaroca.
— Hã... acho que devíamos começar agora.
Ela se aproximou e se sentou comigo na cama.
— Veio fazer o que mesmo? — eu perguntei.
— Como assim? O óbvio! Te deixar mais bonitaaaaaa! — ela disse cantando.
— Pera aí... isso é que nem em Popular de Wicked, aquela peça musical?
— Não... — ela sorriu e piscou sem graça.
Ela desfez a cara sem graça e voltou a cara de animação de uma criança de cinco anos.
— Vamos começar por onde? Hum... já sei! Seu cabelo.
— Meu cabelo? — eu o peguei como se ela fosse rouba-lo de mim.
— Sim. Ele é de um castanho tão lindo e você o deixa desse jeito? Se eu pegar e torcer ele até quebra, que nem palha seca. Isso porquê eu não falei do resto...
— Espera! — eu disse, me levantando e me virando para ela. — Você literalmente invade meu quarto à noite, diz que minha aparência é acabada e ainda quer que eu concorde com isso?
— Sim, ué. Para você começar a parar de se maltratar precisa primeiro de um choque de realidade mínimo. — ela me puxou para perto e me sentou de novo.
— E por qual motivo eu aceitaria essa sua ajuda?
— Porque você é muito melhor que isso e eu sou a melhor pessoa para fazer desse potencial uma verdade! E também — ela ficou olhando para as unhas perfeitas — eu sou uma bruxa.
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O Narciso de Perséfone
FantasyEvelyn, uma filha de Afrodite, está disposta a recuperar o narciso mágico de Perséfone em troca de ver seu pai mais uma vez. Sua amiga Hester tem medo do que isso possa acarretar.