O Que Acontece Em Vegas?

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ESPANHA, CORUNHA

"Nakahara Chuuya é visto na Corunha com o namorado Dazai Osamu tendo um belo jantar no restaurante Restaurante Árbore da Veira" – Dazai repetiu pela terceira vez, com um tom exageradamente solene, enquanto deslizava os dedos pelo tablet. – Parece que estamos na boca dos paparazzis de novo, querido.

Chuuya, sentado em uma cadeira próxima enquanto ajustava as mangas da camisa para a sessão de fotos, lançou-lhe um olhar de canto.

– Você já leu isso umas cinco vezes, Dazai. Eu entendi. O mundo inteiro entendeu. Será que dá pra mudar de assunto antes que eu te jogue pela janela? – bufou já cansado.

Dazai deu um sorriso satisfeito, inclinando-se na cadeira como se tivesse acabado de ganhar um prêmio.

– Ah, Chuuya, mas você sabe que eu vivo para provocar. Além disso, não é todo dia que vejo você sendo chamado de romântico – virou o tablet para o amado – Sério, olha só essa frase: "O casal foi descrito como caloroso e apaixonado, com gestos carinhosos durante o jantar." Aposto que você foi o responsável por essa parte.

– Gestos carinhosos? – Chuuya bufou, cruzando os braços. – Eu estava tentando comer, Dazai. Se alguém viu alguma coisa, foi você me irritando e eu te mandando calar a boca.

Dazai riu, um som leve que ecoou pelo estúdio enquanto recolhia o tablet para si.

– Exatamente! É o que chamam de dinâmica de casal perfeita. Eles amam isso, Chuuya. Nós somos autênticos.

Chuuya virou-se para ele, apoiando o queixo na mão.

– Não seria mais autêntico se você parasse de me infernizar por cinco minutos? Sabe, só pra variar?

– Mas o que seria da minha vida sem esse brilho que você traz ao me mandar calar a boca? – Dazai retrucou, inclinando-se para mais perto, com um sorriso travesso. – Além disso, você sabe que adoro quando você fica irritadinho.

Chuuya suspirou, mas não pôde evitar um pequeno sorriso quase rindo.

– Às vezes me pergunto por que ainda estou com você – ironizou cruzando os braços.

Dazai ergueu uma sobrancelha, botando a mão no peito fingindo estar ofendido.

– Ora, Chuuya, isso é uma pergunta ou um convite para eu listar todas as minhas qualidades irresistíveis? – Dazai passou a mão em seus cabelos, jogando charme.

– É um convite para você levantar essa sua bunda preguiçosa – respondeu o ruivo, levantando-se e ajeitando o colete. – Vamos logo acabar com essas fotos antes que eu me arrependa de ter vindo.

Dazai se levantou, ainda sorrindo, e seguiu Chuuya até o set.

– Só por curiosidade, Chuuya: você acha que a próxima manchete será sobre como nós olhamos apaixonadamente durante a sessão ou como você tentou me esganar nos bastidores?

Chuuya apenas lançou um olhar por cima do ombro, um sorriso discreto brincando em seus lábios.

– Depende de você, Dazai. Depende de você.

...

PORTUGAL, LISBOA

Sr. Nakahara, tudo o que você precisa fazer é olhar para a câmera, pegar qualquer doce e comê-lo, certo? – explicou o diretor com entusiasmo. – Muito bem, pessoal, em posição!

Os doces da renomada Confeitaria Nacional de Lisboa formavam um espetáculo à parte. Pasteis de Belém dourados e cremosos, o imponente bolo-rei decorado com frutas cristalizadas e pequenas torres de confeitos delicados estavam dispostos sobre uma mesa de quase três metros, coberta por um lençol branco impecável. Tudo brilhava sob o sol do Jardim Botânico de Lisboa, um espaço vasto e isolado para a sessão, com a natureza ao fundo trazendo um contraste perfeito à sofisticação da cena.

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