torturá-lo?

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Seus olhos se fechando, sua boca ficando seca e todos os seus sentidos se perdendo. Era assim que Jisung se sentia naquele exato momento. Completamente desacordado, ele era levado para um galpão abandonado no subúrbio de Seul, onde seria mantido em cativeiro a mando de Yeji.

A van estacionou no galpão pouco depois do evento na frente do edifício de Minho. Todos saíram do automóvel, restando apenas o garoto desacordado.

— O que vamos fazer com ele? — perguntou Kang.

— Ainda não sei, talvez torturá-lo? — Yeji dizia com desdém enquanto tirava fotos do garoto desmaiado.

— Você tem certeza disso? Pensei que só queria dar um susto no moleque.

— Tá com medo, Kang? — virou-se e o encarou — Pensei que fosse corajoso. Estava errada? — passou o polegar pelos lábios do homem enquanto o encarava nos olhos.

— Yeji... – disse, soando mais como um aviso.

— Tira ele dali e o amarra. Quero que essa cadela não se solte. — deu um beijo no cantinho dos lábios do outro.

Sem qualquer cuidado, Kang arrancou Jisung de dentro da van e o colocou sobre os ombros enquanto caminhava para dentro do local. Jogou-o no chão e o amarrou com bastante força, para que ele não pudesse se soltar em hipótese alguma.

Abaixou-se na frente do corpo do menor e encarou o rosto delicado que ele tinha. Alisou com o indicador até o ouvido, colocando o cabelo para trás da orelha. Depois, trilhou um novo caminho até a boca do garoto e começou a desenhar a boquinha até ser brutalmente mordido por quem, até então, estava desacordado.

— Seu filho da puta! — levantou-se sacudindo a mão — Ahn!

— Que porra foi essa? — a ruiva entrou na sala onde os dois se encontravam.

— Essa vadia mordeu meu dedo! — ainda sacudia a mão.

— Isso tudo por causa de uma mordida? Me poupe. — revirou os olhos e caminhou até o menor — Bem... —abaixou-se — Vejo que já está acordado. Então, como está sendo a experiência? Gostou de ser sequestrado, desmaiado e aprisionado? — sorriu.

— Você é maluca. Doente.

— Ah, meu bem, não fale assim. Eu apenas... — levantou-se — Apenas estou fazendo com que as coisas voltem para os trilhos.

— Voltar para os trilhos? Yeji, você me sequestrou, porra! — sacudiu-se, tentando se soltar.

— Apenas para que você saísse do meu caminho. Você estragou tudo que eu e Minho tínhamos, e agora eu vou recuperar, já que você não vai estar mais o manipulando. — abaixou-se novamente na frente de Jisung.

— Eu não manipulei ninguém, caralho! Ele me quis a todo momento. Você não percebeu ainda? Ele quer a mim, ele não te quer mais!

Yeji suspirou, tentando manter a calma antes de se pronunciar.

— Garoto... — segurou o queixo dele — Eu não quero ter que me irritar com você. — apertou mais — Então, se você puder calar a porra dessa sua boca, eu agradeceria. — levantou-se.

— Sua cadela. — Yeji estava se virando quando ouviu o resmungo do garoto.

— O que disse? Repete! — gritou.

— Sua cadela. — proferiu, olhando nos olhos da ruiva.

No mesmo instante, foi acertado por um chute no estômago, chegando a quase vomitar. Yeji levantou seu rosto pelos cabelos, com uma força desnecessária, e o olhou nos olhos, fazendo uma expressão de desgosto. A ruiva tinha tanta raiva do menor que temia, a qualquer momento, perder o controle e acabar matando o garoto. Soltou-o com brutalidade e chamou por Kang. O citado apareceu, e a ruiva deu as ordens sobre como ele deveria tratar Jisung. Disse quantas vezes viria e que era para ele ficar de olho em qualquer movimentação suspeita ao redor do galpão. Também avisou para que não se rendesse aos "encantos" de Jisung, como ela mesma fez, nem às promessas que ele poderia fazer, caso pedisse para ser solto.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora